Economia

Mercado vê Selic a 6,25% este ano, com inflação e crescimento maiores

A expectativa é de que o BC anuncie na quarta-feira o terceiro aumento consecutivo de 0,75 ponto percentual na Selic

Banco Central (Ueslei Marcelino/Reuters)

Banco Central (Ueslei Marcelino/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 14 de junho de 2021 às 09h33.

Última atualização em 15 de junho de 2021 às 10h06.

O mercado elevou ainda mais a perspectiva de aperto monetário pelo Banco Central neste ano, projetando ainda inflação mais elevada e crescimento mais intenso, de acordo com a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira pelo BC.

Dias antes de a autarquia reunir-se para decidir sobre a Selic, a pesquisa mostrou que a expectativa agora para a taxa básica de juros é de que ela termine 2021 a 6,25%, de 5,75% antes. Para 2022, permanece o cenário de Selic a 6,50% ao final do ano.

A pandemia mexeu com a economia e os negócios no mundo todo. Aprenda a investir com a EXAME Academy

A expectativa é de que o BC anuncie na quarta-feira o terceiro aumento consecutivo de 0,75 ponto percentual na Selic, e possivelmente indique um ciclo mais agressivo à frente ao abandonar seu compromisso com uma "normalização parcial" da política monetária.

O Focus mostrou ainda a décima alta seguida na projeção para a inflação este ano, com a alta do IPCA agora calculada em 5,82%, de 5,44% antes. Para 2022 o cálculo é de avanço de 3,78%, de 3,70%.

Ambos os resultados ficam acima do centro da meta oficial para a inflação, que em 2021 é de 3,75% e para 2022 é de 3,50%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Para o Produto Interno Bruto (PIB) houve melhora para este ano, com o crescimento econômico estimado em 4,85%, de 4,36% na semana anterior. Mas para 2022 a previsão de expansão caiu a 2,20%, de 2,31%.

Juros, dólar, inflação, BC, Selic. Entenda todos os termos da economia. Assine a EXAME 

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralBoletim FocusDólarEXAME-no-InstagramInflaçãoSelic

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto