Petróleo: a maior parte das empresas tem deixado sondas sem uso paradas (Plataformas de petróleo em alto mar)
Da Redação
Publicado em 7 de dezembro de 2015 às 10h19.
Oslo - Donos de sondas de exploração de petróleo em alto mar devem retirar mais 60 unidades do mercado para encerrar um excedente de oferta, conforme a baixa nas cotações da commodity continua a levar os preços para contratação dos equipamentos abaixo dos custos de operação, disseram analistas da indústria.
Até o momento, cerca de 40 sondas de perfuração de um total global de 350 unidades foram retiradas do mercado conforme as taxas diárias caíram devido aos preços em queda do petróleo e pressão por cortes de custos entre as petroleiras.
"Durante esse ciclo, mais de 100 unidades precisarão partir, mas isso será ao longo do tempo. Nós vimos 42 sondas retiradas do mercado até agora, então ainda há umas 60 faltando", disse o analista Joachim Bjorni, da consultoria Rystad Energy.
Analistas nas corretoras Danske Markets e Fondsfinans também têm números similares. Por enquanto, a maior parte das empresas tem deixado sondas sem uso paradas, ao invés de desmobilizá-las completamente, mas há uma expectativa de que isso mude em 2016.
"Há um monte delas sendo deixadas na geladeira, paradas, mas menos sendo desmobilizadas. Antecipamos que isso vai aumentar substancialmente no primeiro trimestre do próximo ano", disse o analista Sondre Stormyr, da Danske Markets.
O caro trabalho de manutenção das plataformas antigas sem contratos é visto como o principal vetor para a retirada dos equipamentos do mercado, segundo os especialistas.
"Algumas podem ficar paradas, mas muitas vão ser desmontadas e vendidas. Elas nunca retornarão", disse Bjorni, da Rystad.
Em 2013, os preços para aluguel de sondas de perfuração em águas ultraprofundas tiveram um pico de 700 mil dólares por dia, enquanto unidades semi-subversíveis assinaram contratos por 600 mil dólares por dia.
Na última semana, a norueguesa Der Nordke assinou um acordo com a Transocean Offshore para alugar uma sonda semi-submersível por uma taxa diária de 179 mil dólares. O mesmo equipamento chegou antes a ser alugado por 373 mil dólares por dia.
O chefe de análises sobre o mercado de sondas e serviços de petróleo na Fondsfinans, Knut Erik Lovstad, disse que espera que os preços das sondas caiam enquanto os custos operacionais continuarão a subir.