Economia: de acordo com o Boletim Focus, o mercado prevê um maior crescimento do PIB brasileiro em 2020 (Pixabay/Divulgação)
Reuters
Publicado em 20 de janeiro de 2020 às 09h10.
Última atualização em 20 de janeiro de 2020 às 09h12.
O mercado voltou a reduzir a expectativa para a inflação este ano ao mesmo tempo em que ajustou para cima as contas para o crescimento da economia, de acordo com a pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira.
O levantamento semanal mostrou que a expectativa para a alta do IPCA em 2020 caiu pela terceira semana seguida, em 0,02 ponto percentual, a 3,56%. Para 2021 permaneceu em um avanço de 3,75%. O centro da meta oficial de 2020 é de 4% e, de 2021, de 3,75%, ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
A revisão ocorre na esteira de uma perspectiva mais fraca para a alta dos preços administrados este ano. Os economistas consultados passaram a ver inflação dos administrados de 3,77%, ante 3,81% antes.
Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de crescimento este ano foi elevada a 2,31%, de 2,30% na semana anterior, enquanto que para 2021 continuou em 2,5%.
Contribuiu para esse aumento a melhora do cenário para a produção industrial, que deve crescer 2,19% em 2020, contra 2,10% previstos anteriormente. Entretanto, para 2021 a perspectiva de expansão caiu em 0,05 ponto, a 2,45%.
A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que a taxa básica de juros terminará este ano a 4,5% e o próximo a 6,25%, sem alterações.
A Selic fechou 2019 a 4,5%, nova mínima histórica, após novo corte de 0,5 ponto percentual em dezembro, quando o BC indicou cautela em relação aos juros daqui para frente em meio a uma retomada econômica com mais ímpeto.
O Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões continua vendo a Selic a 4,25% em 2020 e a 6,25% em 2021.