Economia

Mercado reduz previsão de PIB em 2011 e Selic em 2012

O corte de 3,79% ante 3,84% na semana anterior já o quarto seguido

Focus mostrou que a estimativa para a inflação medida pelo IPCA deste ano passou de 6,28% para 6,31% (SXC.hu)

Focus mostrou que a estimativa para a inflação medida pelo IPCA deste ano passou de 6,28% para 6,31% (SXC.hu)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2011 às 09h15.

São Paulo - O mercado financeiro cortou sua previsão para o crescimento econômico brasileiro neste ano e o cenário para a taxa de juro no ano que vem, mostrou o relatório Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira.

A estimativa para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) de 2011 caiu pela quarta semana seguida, para 3,79 por cento ante 3,84 por cento na semana anterior. O prognóstico para o ano que vem também caiu, de 4 para 3,90 por cento.

A projeção para a Selic neste ano ficou estável em 12,50 por cento, e para 2012 caiu de 12,50 para 12,38 por cento.

Recentemente, em meio à turbulência global decorrente de temores sobre a economia mundial, sobretudo a dos Estados Unidos, analistas veem vendo a possibilidade de um crescimento menor no Brasil, abrindo espaço para queda de juro em algum momento.

O Comitê de Política Monetária (Copom) reúne-se nesta semana, mas por ora deve manter a Selic nos atuais 12,50 por cento, esperando para ver melhor os efeitos da crise no país.

O Focus mostrou ainda que a estimativa para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano passou de 6,28 por cento para 6,31 por cento, enquanto a do ano que vem permaneceu em 5,20 por cento.

A meta do governo para a inflação nos dois anos tem centro em 4,5 por cento e tolerância de dois pontos percentuais.

O prognóstico para o IPCA nos próximos 12 meses subiu de 5,43 para 5,47 por cento.

A previsão para a taxa de câmbio no final deste ano permaneceu em 1,60 real por dólar. A projeção no final de 2012 foi mantida em 1,65 real.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralInflaçãoMercado financeiro

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo