CMN: definiu uma meta de 4,25% para a inflação em 2019, coincidindo com o que está projetado no Focus (Ueslei Marcelino/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 31 de julho de 2017 às 10h39.
Brasília - A abertura dos dados do Relatório de Mercado Focus divulgada nesta segunda-feira, 31, mostra que as instituições financeiras seguiram projetando uma inflação de 4,25% em 2019. Este porcentual é calculado desde o início de abril deste ano, sem alterações.
Na última semana de junho, o Conselho Monetário Nacional (CMN) definiu uma meta de 4,25% para a inflação em 2019 - justamente o que está projetado no Focus. A margem de tolerância é de 1,5 ponto porcentual (inflação de 2,75% a 5,75%).
A abertura dos dados do Focus mostrou também a projeção de inflação de 2020 em 4,00%. Este porcentual está em sintonia com a meta de exatos 4,00% para o ano. Na prática, o Focus indica que o mercado financeiro acredita que o BC conduzirá a inflação de 2020 para este patamar, como propôs o CMN.
Para 2021 - horizonte mais distante contemplado pelo Focus -, os economistas projetam inflação de 4,00%.
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PIB
Os economistas do mercado financeiro mantiveram a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre de 2017 ante o mesmo período de 2016, em baixa de 0,20%. Isso é mostrado na abertura dos dados do Relatório Focus
No mês passado, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados do PIB no primeiro trimestre deste ano: houve queda de 0,4% ante o mesmo período de 2016 e avanço de 1,0% ante o quarto trimestre do ano passado. Já o BC informou em 14 de julho que seu Índice de Atividade (IBC-Br) cedeu 0,51% em maio ante abril, com ajuste sazonal, e avançou 1,40% em maio ante maio do ano passado, sem ajuste.
O Sistema de Expectativas do Mercado, atualizado hoje pelo Banco Central, não traz as projeções das instituições para o PIB na margem - ou seja, para o segundo trimestre de 2017 ante o primeiro trimestre deste ano.
Selic
Os economistas do mercado financeiro projetam um corte de 0,75 ponto porcentual da Selic (a taxa básica de juros) em setembro, dos atuais 9,25% ao ano para 8,50% ao ano. Isso também foi demonstrado na abertura dos dados do Relatório de Mercado Focus.
Pelas expectativas do mercado, após promover o corte de 0,75 ponto em setembro, o BC reduzirá a Selic em mais 0,50 ponto porcentual em outubro, para 8,00% ao ano. Depois, a taxa básica seguiria neste patamar até o fim de 2017.
Na última quarta-feira, o Copom anunciou um corte de 1 ponto porcentual da taxa, de 10,25% para 9,25% ao ano. No comunicado que acompanhou a decisão, o colegiado informou que o ritmo de cortes continuará dependendo da evolução da atividade, do balanço de riscos (incluindo as incertezas quanto às reformas), de possíveis reavaliações sobre a extensão do ciclo e das projeções de inflação.