Economia

Mercado passa a ver Selic em 2% este ano após BC falar em corte residual

Pesquisa Focus, do Banco Central, estima também uma retração de 6,54% em 2020, leve piora na comparação com a pesquisa anterior

Dinheiro: especialistas consultados fizeram ainda outros ajustes, passando a ver a alta do IPCA em 1,63% este ano, de 1,61% (IltonRogerio/Getty Images)

Dinheiro: especialistas consultados fizeram ainda outros ajustes, passando a ver a alta do IPCA em 1,63% este ano, de 1,61% (IltonRogerio/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 29 de junho de 2020 às 09h16.

O mercado voltou a reduzir a expectativa para a taxa básica de juros no Brasil depois de o Banco Central falar em novo corte residual à frente, de acordo com a pesquisa Focus do BC divulgada nesta segunda-feira.

A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou que a expectativa agora é de que a Selic termine este ano a 2,00%, de 2,25% previsto antes, ficando em 3,0% ao fim de 2021.

Ao cortar a Selic em 0,75 ponto percentual, para a nova mínima histórica de 2,25% ao ano, o BC deixou aberta a porta para nova redução "residual" à frente, condicionada à avaliação do cenário.

O Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, ajustou sua expectativa para a Selic este ano a 2,0%, depois de chegar a ver a taxa a 1,75% na semana anterior. Para 2021 a projeção permanece em 2,25%.

Os especialistas consultados fizeram ainda outros ajustes, passando a ver a alta do IPCA em 1,63% este ano, de 1,61%, e mantendo a expectativa de inflação de 3% em 2021.

O centro da meta oficial de 2020 é de 4 por cento e, de 2021, de 3,75 por cento, ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa agora é de retração de 6,54% em 2020, de queda de 6,50% vista antes, com recuperação a um crescimento de 3,50% no próximo ano.

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