Economia

Mercado eleva projeção para inflação deste ano pela 6ª vez

Segundo relatório Focus, instituições esperam que IPCA, termine 2018 em 4,44%. Na semana passada, a projeção estava em 4,43%

Instituições financeiras, pesquisadas pelo BC, esperam que a inflação, medida pelo IPCA, termine este ano em 4,44% (Divulgação/Thinkstock)

Instituições financeiras, pesquisadas pelo BC, esperam que a inflação, medida pelo IPCA, termine este ano em 4,44% (Divulgação/Thinkstock)

AB

Agência Brasil

Publicado em 22 de outubro de 2018 às 09h37.

Última atualização em 22 de outubro de 2018 às 11h44.

Instituições financeiras, pesquisadas pelo Banco Central (BC), esperam que a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), termine este ano em 4,44%. Na semana passada, a projeção estava em 4,43%. Esse foi o sexto aumento consecutivo.

Para 2019, a projeção da inflação foi ajustada de 4,21% para 4,22%. Para 2020, a estimativa segue em 4% e, para 2021, caiu de 3,92% para 3,78%.

A projeção do mercado financeiro ficou mais próxima do centro da meta deste ano, que é 4,5%. Essa meta tem limite inferior de 3% e superior de 6%. Para 2019, a meta é 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%.

Para 2020, a meta é 4% e, para 2021, 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para os dois anos (2,5% a 5,5% e 2,25% a 5,25%, respectivamente).

Câmbio

Mediana das expectativas do Boletim Focus apontou para uma mudança no câmbio para o fim de 2018. A moeda americana foi de R$ 3,81 para R$ 3,75, ante os R$ 3,90 verificados há um mês.

Para 2019, a projeção seguiu em R$ 3,80, igual ao verificado quatro pesquisas atrás.

Taxa básica

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 6,5% ao ano.

De acordo com o mercado financeiro, a Selic deve permanecer em 6,5% ao ano até o fim de 2018.

Para 2019, a expectativa é de aumento da taxa básica, terminando o período em 8% ao ano. Para o fim de 2020, a projeção permanece em 8,25% ao ano e em 8% ao ano no fim de 2021.

Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) aumenta a Selic, a meta é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação.

A manutenção da taxa básica de juros, como prevê o mercado financeiro este ano, indica que o Copom considera as alterações anteriores suficientes para chegar à meta de inflação.

Crescimento econômico

As instituições financeiras mantiveram a estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, em 1,34% este ano e ajustaram de 2,50% para 2,49%, a estimativa para 2019.

Para 2020 e 2021, a estimativa segue em 2,50%.

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