Economia

Mercado estima que inflação feche o ano em 7,43%

Para 2017, a estimativa segue em 6%, de acordo com o boletim Focus, publicação divulgada semanalmente às segundas-feiras pelo Banco Central


	Inflação: o cálculo inflacionário permanece distante do centro da meta de 4,5% e, neste ano, supera o teto de 6,5%
 (Pilar Olivares / Reuters)

Inflação: o cálculo inflacionário permanece distante do centro da meta de 4,5% e, neste ano, supera o teto de 6,5% (Pilar Olivares / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 21 de março de 2016 às 09h20.

Analistas e investidores do mercado financeiro reduziram hoje (21) pela segunda semana seguida a estimativa de inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A nova perspectiva agora é de 7,43% ante os 7,46% previstos anteriormente.

Para 2017, a estimativa segue em 6%, de acordo com o boletim Focus, publicação divulgada semanalmente às segundas-feiras pelo Banco Central (BC), com base em projeções de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

O cálculo inflacionário permanece distante do centro da meta de 4,5% e, neste ano, supera o teto de 6,5%. Em 2017, o limite superior da meta em 2017 é 6%.

A projeção para a taxa básica de juros, a Selic, permanece em 14,25% ao ano, em 2016, e, para 2017, em 12,50% ao ano.

Os preços administrados, regulados pelo governo, como a gasolina e o gás de cozinha, tiveram suas estimativas reduzidas de 7,40 % para 7,20%. A taxa de câmbio esperada em dezembro chega a R$ 4,20.

Crescimento

A projeção de instituições financeiras para a queda da economia este ano piorou mais uma vez e passou de 3,54% para 3,60%.

Para 2017, a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas pelo país, foi reduzida para 0,44%.

Para a produção industrial, a estimativa é de uma queda de 4,50% em 2016.

Setor Externo

As perspectivas para o déficit em conta corrente, um dos principais indicadores das transações do Brasil com outros países, melhoraram e passaram de US$ 24,10 bilhões para US$ 21,21 bilhões, com o saldo da balança comercial em US$ 42,40 bilhões.

Não houve alteração na projeção para os investimentos estrangeiros diretos, mantidos em US$ 55 bilhões.

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