Economia

Mercado de trabalho deve seguir gerando vagas via informalidade, diz FGV

Os indicadores semelhantes à taxa de desemprego e à geração de novas vagas apontam para dados mais otimistas sobre empregos

Emprego: indicadores da FGV apontam para surgimento de novas vagas (Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas)

Emprego: indicadores da FGV apontam para surgimento de novas vagas (Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de agosto de 2019 às 17h13.

O mercado de trabalho deve permanecer gerando vagas de maneira gradual nos próximos meses, impulsionado ainda pelo aumento da informalidade, avaliou Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) subiu 0,4 ponto na passagem de junho para julho, para 87,0 pontos. O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) caiu 2,0 pontos em julho, para 92,6 pontos.

O ICD é um indicador com sinal semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto menor o número, melhor o resultado. Já o IAEmp sugere expectativa de geração de vagas adiante, quanto maior o patamar, mais satisfatório o resultado.

"Os indicadores estão em linha com a melhora recente no mercado de trabalho e sugerindo que isso deve se manter pelos próximos meses", explicou Tobler.

No entanto, o pesquisador não espera um avanço mais forte na abertura de postos de trabalho com carteira assinada até que a recuperação da atividade econômica ganhe fôlego.

"No curto prazo, é difícil imaginar que essa dinâmica (de aumento no número de trabalhadores ocupados puxado pela informalidade) vá mudar tão rápido", disse Tobler. "É difícil prever quando será possível um crescimento mais robusto (das vagas formais), talvez só mais para o fim do ano", estimou.

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