Carteira de trabalho: por enquanto, segundo economista-sênior do Besi Brasil, pesquisa mostra que desemprego encontrou patamar estável entre 2012 e 2013 (Daniela de Lamare)
Da Redação
Publicado em 17 de janeiro de 2014 às 16h28.
Rio - Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua divulgados nesta sexta-feira, 17, não alteram a avaliação sobre a situação do mercado de trabalho, afirmou o economista-sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano.
Para ele, faz sentido que a taxa de desocupação apontada pela nova pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) se eleve, devido a mudanças metodológicas importantes.
A PNAD Contínua, divulgada trimestralmente, captura dados de mais de 211 mil domicílios em 3,5 mil municípios de áreas urbanas e rural.
Além disso, a ocupação é medida para pessoas a partir de 14 anos. Na Pesquisa Mensal de Emprego (PME), informada mensalmente, estima-se que a pesquisa chega a 45 mil domicílios e mede o desemprego entre pessoas de dez anos ou mais.
"A avaliação é exatamente a mesma, e o movimento da taxa é muito parecido", disse Serrano. "O mercado de trabalho segue apertado."
Apesar de a PNAD Contínua ainda não divulgar dados sobre rendimento, ele acrescentou que o crescimento do consumo nos últimos anos corrobora essa análise.
O economista-sênior do Besi Brasil ainda destaca que o alongamento da série e a abertura de dados mais detalhados (o IBGE vai divulgar no fim do ano indicadores por Estados e regiões metropolitanas que incluem município da capital) permitirá uma avaliação melhor dos dados.
Por enquanto, segundo ele, a pesquisa mostra que o desemprego encontrou um patamar estável entre 2012 e 2013.