A estimativa anterior era de que esse nível seria alcançado em maio e que a Selic voltaria a subir em janeiro (Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 19 de março de 2012 às 09h53.
São Paulo - No primeiro relatório Focus com as projeções do mercado financeiro após a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), as previsões para a taxa Selic neste ano e em 2013 foram mantidas em 9,00 e 10,00 por cento, respectivamente.
No entanto, o mercado agora estima que a Selic cairá para 9 por cento ao ano já em abril, permanecendo nesse patamar até fevereiro do ano que vem e passando a 9,50 por cento em março, segundo a mediana das projeções. A estimativa anterior era de que esse nível seria alcançado em maio e que a Selic voltaria a subir em janeiro, para 9,50 por cento ao ano.
No Top 5 -que reúne as instituições que mais acertam as projeções no relatório Focus-, a Selic também é estimada em 9 por cento para abril.
Na última reunião do Copom, a Selic foi reduzida em 0,75 ponto percentual, para 9,75 por cento ao ano. Na ata da reunião, o Copom deixou claro que pretende levar a Selic para patamares "ligeiramente acima dos mínimos históricos" e estabilizá-la neste nível. O piso já alcançado na taxa básica de juros é de 8,75 por cento ao ano.
Em uma pesquisa da Reuters, a Selic também é prevista em 9 por cento a partir de abril. No entanto, os analistas ouvidos também cortaram a estimativa para o patamar da Selic no final do ano, para 8,5 por cento, de acordo com a mediana das projeções.
Inflação, PIB e câmbio
As projeções do mercado para inflação, taxa de câmbio e crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) mantiveram-se praticamente inalteradas em relação ao relatório da semana passada.
Houve apenas uma ligeira elevação na estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 12 meses, a 5,37 por cento, após 5,36 por cento no Focus anterior.
Os agentes preveem que o IPCA feche 2012 em 5,27 por cento e 2013 em 5,50 por cento.
A previsão para a taxa de câmbio no fim do ano é de 1,75 real por dólar, enquanto o crescimento do PIB é estimado em 3,30 por cento neste ano e 4,20 por cento no ano que vem.