América Latina: entre os países com maior taxa de desemprego na região estão Brasil (14,7%), Colômbia (10,7%), Argentina (9,4%) e Uruguai (8,7%) (Reprodução/Thinkstock)
AFP
Publicado em 23 de outubro de 2018 às 15h19.
O menor crescimento esperado para as economias da América Latina este ano elevou a previsão de desemprego, que deve se manter próximo de 9,3%, segundo relatório da CEPAL e da OIT divulgado nesta terça-feira, 23.
"Neste novo cenário menos otimista espera-se que, em média, a taxa de desemprego urbano apresente poucas mudanças em relação a 2017, situando-se por volta de 9,3%", aponta o relatório conjunto da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (CEPAL) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Após a região atingir sua maior taxa em 12 anos no ano passado (9,3%), em maio previu-se um desemprego de 9% para 2018, primeiro recuo em quatro anos em função de uma recuperação econômica modesta. No entanto, a expansão da economia regional foi menos dinâmica do que o esperado. A estimativa de crescimento para 2018 recuou de 2,2% (no final de 2017) para 1,3% (em outubro de 2018).
Além disso, embora no primeiro semestre de 2018 tenha sido registrada pela primeira vez uma redução do desemprego de 0,1 ponto percentual - após sete semestres de aumentos interanuais - essa queda não irá se repetir no segundo semestre do ano, prevê o relatório.
No primeiro semestre do ano, o desemprego no Brasil atingiu 14,7%, enquanto na Argentina subiu para 9,4%. No Uruguai foi de 8,7%, na Colômbia de 10,7%, no Equador de 5%, no México de 3,5%, no Peru de 7,1% e no Paraguai de 7,4%.
CEPAL e OIT também projetam "que a transição para a sustentabilidade energética gerará mais de um milhão de empregos na América Latina e no Caribe até 2030".
Da mesma forma, a transição para uma economia circular, "na qual a eficiência e a vida útil dos materiais é melhorada ao promover a durabilidade e a capacidade de reparação, remanufatura, reutilização e reciclagem", geraria 4,8 milhões de empregos em 2030.
"A criação de empregos nos setores de reprocessamento de aço, alumínio, madeira e outros metais mais do que compensará as perdas associadas à extração de minerais e outros materiais", explicou o relatório.