Henrique Meirelles: "Do ponto de vista fiscal, em agosto ou no segundo semestre será igualmente favorável", observou (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 7 de junho de 2017 às 14h51.
Paris - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, previu que há sinais de que a reforma da Previdência Social possa ser aprovada ainda este mês pelo Congresso Nacional.
Segundo ele, quanto mais rápido o tema passar pelo Legislativo, melhor para as expectativas econômicas, mas Meirelles repetiu nesta quarta-feira, 7, que, do ponto de vista fiscal, não há muita diferença no fato de a votação ocorrer agora, em agosto, ou apenas ao longo do segundo semestre do ano.
"Do ponto de vista fiscal, em agosto ou no segundo semestre será igualmente favorável", observou durante entrevista coletiva para a imprensa na sede da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em Paris.
Questionado pelo Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado) sobre se a aprovação da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado na terça, por 14 votos a 11, não foi um placar apertado, o que poderia indicar que os próximos temas poderia encontrar mais dificuldade no Congresso, o ministro minimizou a diferença de votos contra e a favor.
"Já tivemos diversas aprovações nas ultimas semanas e o resultado de cada uma delas não é uniforme: quem votou a favor de uma reforma não necessariamente votará em outra da mesma forma. O importante é que reformas estão sendo aprovadas", destacou Meirelles, durante entrevista coletiva.
Para Meirelles, está cada vez mais evidente no Congresso a consciência dos parlamentares de que a reforma da Previdência dará mais segurança aos trabalhadores.
"Eles terão a segurança de que irão receber seus benefícios, de que a Previdência será solvente no futuro", disse, acrescentando que esse quadro é importante para o Brasil, assim como a geração de emprego com inflação baixa e controlada.
"Isso é relevante e está cada vez mais claro no Congresso, não é uma questão política de cada um. Há necessidade de reforma da Previdência no Brasil."