Economia

Meirelles diz ser viável votação da Previdência em 6 de dezembro

O ministro disse, no entanto, que quem define a pauta de votação da reforma é o presidente da Câmara e não a equipe econômica

Meirelles: o ministro disse que o Brasil voltará a ter superávit primário daqui a três anos (Leonardo Benassatto/Reuters)

Meirelles: o ministro disse que o Brasil voltará a ter superávit primário daqui a três anos (Leonardo Benassatto/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de novembro de 2017 às 18h47.

São Paulo - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta segunda-feira, 27, que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tem razão quando diz que são necessários 308 votos para a aprovação da reforma da Previdência.

Meirelles e Maia participaram do "Amarelas ao Vivo", evento da Revista VEJA no qual o deputado, um pouco antes, disse que se o ministro não quiser discutir alguns pontos do texto da reforma da Previdência que lhe traga os 308 votos.

Meirelles evitou polemizar com deputado e disse que está disposto a discutir a transição dos servidores públicos da forma mais transparente possível. "O que se discute para servidores é a transição e mais à frente é a unicidade dos sistemas", disse.

Ao contrário de Maia, que disse achar difícil aprovar o texto da reforma em dois turnos antes do recesso parlamentar do fim do ano, Meirelles disse ser viável a votação da reforma previdenciária no dia 6 de dezembro.

O ministro disse, no entanto, que quem define a pauta de votação da reforma é o presidente da Câmara e não a equipe econômica.

Ao ser perguntado se a reforma da Previdência já impactaria a economia em 2018, Meirelles disse que "não é uma questão para 2018 e sim uma perspectiva econômica".

Para ele, se a reforma não for aprovada, o próximo presidente terá que lidar com essa questão no primeiro ano de mandato.

Mas o ministro disse também que não vê empecilho para a reforma ser aprovada no ano que vem caso ela não passe neste ano.

Meirelles, embora tenha reiterado que só decidirá se será candidato à Presidência da República no final do primeiro trimestre do ano que vem, disse que sua decisão não estará relacionada à aprovação ou não da reforma da Previdência.

O ministro também disse que o Brasil voltará a ter superávit primário daqui a três anos. "Em três anos voltaremos a ter superávit", disse.

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