Economia

Meirelles diz que BC autônomo tem maior credibilidade

O projeto de autonomia com mandatos para o presidente a diretoria colegiada do BC é uma das prioridades da nova agenda legislativa do governo

Meirelles: "Ter a autonomia do BC assegurada em lei dá confiança de que essa estabilidade será mais permanente", afirmou o ministro (Adriano Machado/Reuters)

Meirelles: "Ter a autonomia do BC assegurada em lei dá confiança de que essa estabilidade será mais permanente", afirmou o ministro (Adriano Machado/Reuters)

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Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de fevereiro de 2018 às 16h07.

Brasília - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, avaliou nesta quinta-feira, 22, que o Banco Central autônomo tem maior credibilidade e controla a inflação com mais eficácia. O projeto de autonomia com mandatos para o presidente a diretoria colegiada do BC é uma das prioridades da nova agenda legislativa do governo.

"A inflação mais baixa de hoje leva a taxas de juros menores e maior estabilidade, e como consequência também a um maior crescimento econômico. Ter a autonomia do BC assegurada em lei dá confiança de que essa estabilidade será mais permanente", afirmou o ministro, em entrevista à Rádio Itatiaia (MG).

O ministro também avaliou como positivo o projeto de criação de fundos de pensão estaduais para gerir a aposentadoria dos servidores dos entes, mas ressaltou que é importante que esses fundos sejam autofinanciáveis. "O objetivo é viabilizar que fundos consigam pagar aposentarias sem aumentar o déficit público", afirmou.

Questionado se a União pode oferecer ajuda financeira a Minas Gerais, Meirelles respondeu que o Estado ainda não solicitou a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), que suspende por três anos o pagamento das parcelas das dívidas estaduais com a União em troca de contrapartidas de ajuste fiscal.

"O exemplo do Estado do Rio de Janeiro serve para outros Estados aderirem a Regime de Recuperação Fiscal. Estamos negociando a adesão do Rio Grande do Sul e teremos condições de trabalhar com Minas Gerais para resolver a situação financeira do Estado", concluiu.

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