Economia

Meirelles admite estudo para uso do FGTS como seguro-desemprego

A ideia é reter parte do FGTS para bancar o seguro-desemprego de trabalhadores demitidos sem justa causa

Henrique Meirelles: segundo ele, a discussão "está em fase inicial" (Nacho Doce/Reuters)

Henrique Meirelles: segundo ele, a discussão "está em fase inicial" (Nacho Doce/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de junho de 2017 às 14h54.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 17h11.

São Paulo - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, admitiu em entrevista à imprensa nesta sexta-feira, 23, que existem estudos dentro do governo para o uso do Fundo de Garantiado Tempo de Serviço (FGTS) como seguro-desemprego.

"Isto é algo que está em discussão. Não tem uma definição, está em fase inicial", disse ele, falando que tanto a Fazenda como o Planejamento estão tocando a questão.

A ideia é reter parte do FGTS para bancar o seguro-desemprego de trabalhadores demitidos sem justa causa. Neste momento, Meirelles disse que "não é produtivo" ficar comentando detalhes deste tipo de medida.

Passando pelas áreas técnicas e chegando ao nível dos ministros, ela será analisada e vai se tomar uma decisão, observou o ministro. "Esta proposta não chegou com números", disse ele, destacando que tomou conhecimento do conteúdo pela imprensa e pouco sabe dos detalhes técnicos da proposta.

Meirelles disse que há diversas medidas em discussão em Brasília para tentar estimular a economia, muitas em nível embrionário. "Algumas ainda não subiram para um nível em que podemos analisar e dizer se vamos seguir em frente ou não."

Eleições

Perguntado se seria candidato em 2018, Meirelles disse que não trabalha com hipóteses. "Temos que fazer as reformas fundamentais e assegurar que o Brasil volte a crescer. Este é meu foco e o que estou pensando no momento."

Acompanhe tudo sobre:FGTSHenrique MeirellesSeguro-desemprego

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto