Economia

Meirelles acena com imposto caso PEC não seja aprovada

Falando a jornalistas em Nova York, onde participa de encontros com investidores, Meirelles ecoou as declarações feitas mais cedo pelo presidente Michel Temer


	Meirelles:"Nós trabalhamos com a hipótese de aprovação da PEC. Não pretendemos ficar discutindo cenários negativos"
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Meirelles:"Nós trabalhamos com a hipótese de aprovação da PEC. Não pretendemos ficar discutindo cenários negativos" (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2016 às 17h43.

Nova York - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, reiterou nesta segunda-feira a confiança de que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita os gastos públicos será aprovada, mas apontou que o governo avaliará elevar impostos se isso não ocorrer.

Falando a jornalistas em Nova York, onde participa de encontros com investidores, Meirelles ecoou as declarações feitas mais cedo pelo presidente Michel Temer.

"Nós trabalhamos com a hipótese de aprovação da PEC. Não pretendemos ficar discutindo cenários negativos. Existe um nível de consciência muito grande no Congresso Nacional" afirmou Meirelles.

"Se a PEC não for aprovada, terão que ser contempladas outras possibilidades e todas muito mais sérias e piores do que o teto", completou.

O ministro da Fazenda negou novamente que esteja em estudo um aumento de impostos para o ano que vem, mas não descartou que o governo avalie aumentos caso a PEC não seja aprovada.

"Anunciamos em agosto que não será necessário o aumento de imposto de 2017. (Mas) não há nada ideologicamente contra aumento de impostos se necessário", destacou.

A Câmara dos Deputados iniciou nesta segunda-feira sessão para votação em primeiro turno da PEC que limita o avanço das despesas públicas.

Para ser aprovada, a PEC precisa do aval de pelo menos 308 deputados. Em seguida, deve ser apreciada em segundo turno na Casa, para depois ser votada no Senado, também em dois turnos.

Investimento

Meirelles afirmou ainda que a economia brasileira precisa de investimentos e que o esperado retorno do crescimento econômico no ano que vem deve atrair investidores.

"O nível de poupança brasileira não é alto e, portanto, o investimento externo é fundamental e tem muito oportunidade (no Brasil)", disse.

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