Mural do artista mexicano Diego Rivera no Detroit Institute of Arts (DIA) (Divulgação/DIA)
João Pedro Caleiro
Publicado em 13 de janeiro de 2014 às 18h29.
São Paulo - Graças à indústria automobilística, Detroit foi uma das principais vitrines do sonho americano nos anos 50.
Desde então, vive uma crise econômica avassaladora que afugentou mais da metade da população e arruinou as finanças públicas da cidade.
Em dezembro do ano passado, Detroit se tornou a maior cidade americana em concordata.
Hoje, o tribunal de mediadores que supervisiona o processo anunciou em uma carta pública que fundações como Ford e Knight se comprometeram com doações de 330 milhões de dólares para um fundo de resgate.
O dinheiro só poderá ser usado com dois objetivos: financiar o sistema de pensão dos funcionários públicos aposentados e permitir a preservação da coleção do Detroit Institute of Arts (DIA).
O DIA tem no seu patrimônio quadros de pintores famososo como Van Gogh, Rembrandt e Matisse.
A casa de leilões Christie's calculou que a cidade conseguiria levantar até US$ 866 milhõescom a venda das obras que são legalmente de sua posse.
As estimativas do rombo na previdência vão de US$ 700 milhões, de acordo com líderes dos aposentados, a US$ 3,5 bilhões, de acordo com o administrador emergencial Kevyn Orr.