Economia

Medida abre espaço para empresas captarem, diz Mantega

O ministro afirmou que a redução do prazo de empréstimos externos no qual incide o IOF de 6 por cento tem o objetivo de permitir captações maiores

Guido Mantega: "Estamos facilitando para que os bancos e as empresas possam captar recursos lá fora acima de 365 dias", afirmou o ministro (Antonio Cruz/ABr)

Guido Mantega: "Estamos facilitando para que os bancos e as empresas possam captar recursos lá fora acima de 365 dias", afirmou o ministro (Antonio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2012 às 14h16.

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quarta-feira que a redução do prazo de empréstimos externos no qual incide o IOF de 6 por cento tem o objetivo de permitir captações maiores das empresas em um momento em que o governo tenta estimular o investimento.

Para ele, a ação não vai fomentar o ingresso no país de capitais especulativos.

"Achamos que, com a taxa de juros mais baixa aqui no Brasil, não existe mais a atração de capitais especulativos e de arbitragem. O que é captado lá fora hoje é para capital de giro e investimento. Estamos facilitando para que os bancos e as empresas possam captar recursos lá fora acima de 365 dias", afirmou o ministro, referindo-se à Selic na mínima histórica de 7,25 por cento ao ano.

Nesta quarta-feira, o governo anunciou a redução de dois para um ano no prazo de empréstimos externos no qual incide o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 6 por cento.

O decreto foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) e vem na sequência de outra medida do Banco Central divulgada na terça-feira, pela qual elevou de 360 dias para 5 anos o prazo para isenção de taxação na modalidade de pagamento antecipado a exportações.


Nesta sessão, às 11h13, o dólar recuava 0,44 por cento, a 2,1061 reais na venda.

Mantega disse ainda que a nova medida não foi tomada por conta da inflação, para reduzir a pressão sobre os preços, e voltou a defender o câmbio é flutuante no país.

"O câmbio é flutuante, não tem limite. Como temos situação de taxa de juros mais equilibrada, isso dá menos volatilidade ao câmbio e ele se estabiliza em uma situação mais real e precisa de menos intervenção do governo", afirmou ele.

"Essa medida não tem nada a ver com inflação", acrescentou.

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