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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.
Brasília - Os mais de 17 mil futuros médicos do país podem cruzar os braços caso o reajuste de 38,7% no valor da bolsa, repassada pelo governo, não seja atendido. Os médicos residentes, que recebem R$ 1.916,45 mensais, também reivindicam auxílio-moradia, auxílio-alimentação e a ampliação da licença maternidade de quatro para seis meses.
Segundo o presidente da Associação dos Médicos Residentes, Nivio Lemos Moreira Junior, os profissionais pedem o aumento no valor da bolsa desde 2007. O documento com as reivindicações será entregue hoje (23) aos ministérios da Educação e da Saúde. Nele, a entidade dá o prazo de 15 dias para o governo negociar com a categoria, caso não haja resposta os residentes de todo o país entrarão em greve.
"Quem tem mais tempo de residência se torna um profissional mais preparado. Ele também necessita de tempo livre para estudar. Isso melhora a qualidade de atendimento nas unidades de saúde", disse.
O presidente da Associação Brasiliense de Médicos Residentes do Distrito Federal, Cassio Rodrigues Borges, afirma que as condições de trabalho são precárias e isso reflete diretamente na saúde pública. "Essa estrutura ruim atrapalha a profissão desses residentes e isso causa um impacto negativo."
O Ministério da Saúde e o Ministério da Educação ainda não têm informações sobre o documento, por isso não se pronunciaram sobre o assunto.