Gasolina: se houver reajuste de 5%, terá impacto de 0,15% na inflação, diz a MCM (Arquivo/ABr)
Da Redação
Publicado em 8 de agosto de 2014 às 15h54.
São Paulo - Apesar da surpresa com a alta de 0,01% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho, a MCM Consultores manteve a projeção de 6,30% para o dado fechado deste ano.
O cenário básico da consultoria contempla a "premissa" de reajuste de 5% no preço da gasolina nas refinarias em novembro.
Caso se concretize, este aumento terá um impacto de 0,15 ponto porcentual na inflação, de acordo com relatório da MCM.
Apesar da desaceleração mais intensa que a esperada pelos economistas da consultoria, que era de 0,05%, a expectativa agora é de que a taxa mensal de inflação acelere ao longo deste mês.
A estimativa é de que o IPCA-15 de agosto apresente alta de 0,18%, ante 0,17% em julho, e o IPCA suba 0,25%.
"A esperada reversão da expressiva queda do valor das passagens aéreas, a moderação do recuo dos preços dos alimentos e combustíveis e a elevação gradual dos artigos de vestuário mais do que compensarão os efeitos baixistas de alguns serviços, tais como hotel e excursão, que ainda continuarão a devolver as altas decorrentes do evento da Copa do Mundo", avaliaram, em relatório, os economistas da MCM.
No IPCA de julho, as passagens aéreas tiveram queda de 26,86%, enquanto as diárias de hotéis ficaram 7,65% mais baratas.
Já o etanol cedeu 1,55% e a gasolina recuou 0,80%.
Os grupos Vestuário e Alimentação apresentaram taxas negativas de 0,24% e 0,15%, respectivamente.