Economia

Marina apoia BC com autonomia, diz coordenadora do programa

Em entrevista a Folha, Maria Alice Setubal, coordenadora do programa de governo, disse que Marina aceitou consenso decidido com Eduardo Campos sobre a questão


	A ex-senadora e candidata a presidente Marina Silva
 (Valter Campanato / ABr)

A ex-senadora e candidata a presidente Marina Silva (Valter Campanato / ABr)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 22 de agosto de 2014 às 10h50.

São Paulo - Marina Silva vai assumir a posição de Eduardo Campos de apoio a um Banco Central com autonomia, disse Maria Alice Setubal em entrevista ao jornal Folha de São Paulo publicada nesta sexta-feira.

Conhecida como Neca, Maria Alice é herdeira do Itaú e coordenadora do programa de governo de Marina, sagrada nova candidata a presidente pelo PSB.

"Ela não achava que precisaria de uma lei para dar mais autonomia. Mas acho que são os consensos. Existiam diferenças e o programa reflete o que é de consenso. Então ela, enfim, aceitou isso.", disse Maria Alice.

Em relação a inflação, a ideia continua sendo a de manter o centro da meta em 4,5% até 2019, quando ela seria reduzida para 3% - mas Neca reconhece que o programa não dá sinalizações objetivas de como isso pode ser feito.

Em resposta a uma pergunta sobre a capacidade administrativa, Neca disse que a imagem da Dilma gestora se desfez e que Marina vai se qualificar como confiável:

"O mercado visualizando as pessoas que estão ao lado dela vão ter muito mais segurança. Ela já tem vários economistas. Terá outras, mais operadoras."

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