O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy: a quarta economia da Eurozona acaba de sair de dois anos de recessão (Dani Pozo/AFP)
Da Redação
Publicado em 21 de novembro de 2013 às 09h36.
Madri - O chefe do governo espanhol, o conservador Mariano Rajoy, afirmou nesta quinta-feira que as reformas aprovadas no futuro serão menos rigorosas que as aplicadas desde sua chegada ao poder, em 2011.
"Acredito que neste momento estamos em condições de dizer que não irão ocorrer ajustes tão importantes quanto os que adotamos ao longo dos dois últimos anos", declarou em uma entrevista à rádio pública, dois anos depois de vencer as eleições de 20 de novembro de 2011.
O chefe do governo espanhol prometeu principalmente que não voltará a aumentar o IVA, ao menos até 2015.
"O que fizemos ao longo destes quase dois anos que estamos no governo é tentar superar uma situação de partida que era muito difícil", declarou.
"Eu queria agradecer aos espanhóis" porque "somos conscientes das decisões que tomamos ao longo destes dois anos", acrescentou.
O governo conservador, que assumiu suas funções no fim de dezembro de 2011, anunciou dias mais tarde um aumento do imposto sobre a renda, que não estava em seu programa eleitoral e que constituiu a primeira medida de um vasto plano de austeridade aplicado desde então.
"Tomamos esta decisão e muitas outras porque não havia outra alternativa: o déficit era descomunal, a dívida era muito grande e era dificílimo se financiar nos mercados", explicou Rajoy nesta quinta-feira.
"São decisões difíceis que ninguém gosta de tomar, mas que eram absolutamente imprescindíveis e que, insisto, servem para assentar bases sólidas diante do futuro para poder crescer e criar emprego, e creio que já existem alguns resultados que começam a ser vistos e que serão observados no ano que vem, em 2014", ressaltou.
A quarta economia da Eurozona acaba de sair de dois anos de recessão, mas segue registrando um nível recorde de desemprego com cerca de 26% da população ativa sem emprego.
"O emprego vai mal e é o principal desafio, mas já se vê alguma luz", afirmou o chefe do governo espanhol, afirmando que a situação será melhor em 2014.