Economia

Marcio Macêdo diz que não há ‘desabono’ sobre conduta de Lupi no caso das fraudes do INSS

Depois de fiasco no ano passado, ministro participa de ato em São Paulo e diz que "Lula está presente mesmo ausente"

Agência o Globo
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Publicado em 1 de maio de 2025 às 15h11.

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O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Marcio Macêdo, afirmou nesta quinta-feira (1) que não há nada que “desabone” a conduta do chefe da pasta da Previdência, Carlos Lupi, diante das investigações sobre fraudes nos descontos de apostados do INSS. Em São Paulo para participar do ato de 1º de Maio organizado pelas centrais sindicais, ele defendeu a condução do caso pelo governo:

— Escândalo acontece em qualquer lugar do mundo. A diferença é como se enfrenta. Os regimes totalitários se escondem. Os regimes democráticos vêm à tona — afirmou. — O presidente Lula tomou uma decisão rápida e séria […] Afastou quem tinha que afastar, demitiu quem tinha que demitir, foi preso quem tinha que ser preso nessa fase. O processo vai continuar de forma transparente.

Sobre a posição de Lupi, ele disse que o ministro tem conduzido o caso de forma transparente e que “continua no cargo, cumprindo o seu papel”.

— Repetindo o que eu vou falar, não tem nada que desabone a conduta do ministro Lupi. Ele está conduzindo o processo de forma transparente e continua no cargo, cumprindo o seu papel, a sua missão que o presidente Lula deu. Vamos aguardar o processo, como será conduzido, tanto pelos órgãos de controle de um lado e pelo governo do outro, pela condução do ministro

Macêdo enfatizou o discurso do governo de que as irregularidades começaram em 2019, portanto durante o governo do ex-presidente Jari Bolsonaro. Questionado se o escândalo poderia afetar a relação com centrais sindicais, minimizou:

— Isso não atrapalha em nada o curso democrático do governo nem a relação com as entidades do país.

Organizado por seis centrais, Força Sindical, UGT, CTB, CSB, Nova Central e Pública, Macedo participa de ato na Praça Campo de Bagatelle, na zona norte de São Paulo. Depois, deve seguir para o evento da Central Única dos Trabalhadores (CUT), que optou por realizar um ato paralelo em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.

Além de Macêdo e lideranças sindicais, o ato conta com a presença da ministra das Mulheres, Cida Gonçalves. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, chegou por volta das 11h40, mas não falou com a imprensa.

No 1º de Maio passado, o Macêdo foi apontado como um dos responsáveis pelo fiasco do evento, que contou com baixa adesão popular em Itaquera. Segundo monitorando de pesquisadores da USP, o ato teve pouco menos de 2 mil pessoas. Na ocasião, o presidente Lula, durante seu discurso, classificou o evento como “mal convocado”.

Dessa vez, apesar de apelo dos sindicatos, Lula não irá participar dos atos em São Paulo. Macêdo defendeu que o presidente, embora ausente, está presente pela sua história. Ele enfatizou que Lula recebeu as centrais no dia anterior, em Brasília, onde discutiu as pautas prioritárias com os líderes sindicais.

— O presidente Lula faz falta em qualquer lugar que ele não esteja — disse, quando questionado sobre a ausência. — Porque a presença dele é a presença viva da história pela luta democrática do país. Isso aqui é parte da história dele […] Mas ele está aqui pela sua obra, ele está aqui pelas suas ações, ele está aqui pela sua história, ele está aqui pelo que ele está fazendo hoje no governo do Brasil para a classe trabalhadora.

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