Economia

Manter juro eleva risco de recessão, diz Mester, do Fed

"Se continuarmos a postergar a alta mesmo com o progresso da inflação e com o mercado de trabalho apertado corremos o risco de uma nova recessão", disse


	Fed: a presidente do Fed de Cleveland acredita que os Estados Unidos alcançaram o pleno emprego
 (Andrew Harrer/Bloomberg)

Fed: a presidente do Fed de Cleveland acredita que os Estados Unidos alcançaram o pleno emprego (Andrew Harrer/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 28 de setembro de 2016 às 21h16.

Cleveland - O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, deve dar mais um passo para remover a sua política monetária expansionista porque, se não o fizer, correrá o risco de levar a economia dos EUA a superaquecer e, consequentemente, a uma nova recessão, afirmou nesta quarta-feira a presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester.

"Se continuarmos a postergar (a alta dos juros) mesmo com o progresso da inflação em direção à meta e com o mercado de trabalho apertado...corremos o risco de uma nova recessão", afirmou em um evento em Cleveland, Ohio, uma semana depois de se posicionar contra a decisão do Fed de não mexer na taxa de juros. Mester afirmou que a sua dissidência estava relacionada ao progresso alcançado pelo Fed em direção às metas de inflação e emprego e à sua expectativa de novos avanços.

Ela acredita que os Estados Unidos alcançaram o pleno emprego.

"Os fundamentos econômicos dos Estados Unidos continuam sólidos", disse Mester, ressaltando a resiliência dos EUA neste ano apesar dos choques globais.

Ela acredita que o país vai crescer 2 por cento ou mais e que a inflação voltará a 2 por cento nos próximos dois anos. Mester foi uma dos três membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) que defenderam um aumento nas taxa de juros na reunião de setembro. São 10 os membros votantes do Fomc.

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