Economia

Mantega menos inflação e consumo maior por corte de energia

Ministro da Fazenda negou que o governo pretenda aumentar os preços dos combustíveis por conta da folga na inflação do próximo ano pela redução da energia

Mantega atrás de Dilma no lançamento do pacote de benefícios à energia elétrica (Ueslei Marcelino/Reuters)

Mantega atrás de Dilma no lançamento do pacote de benefícios à energia elétrica (Ueslei Marcelino/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2012 às 14h30.

Brasília - A redução das tarifas de energia elétrica anunciada nesta terça-feira deverá ter impacto positivo na inflação no próximo ano, entre 0,5 a 1 ponto percentual, levando em conta os efeitos diretos e indiretos, disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega nesta terça-feira.

Mantega negou que o governo pretenda aumentar os preços dos combustíveis por conta da folga na inflação do próximo ano pela redução da energia. "Não tem nada a ver uma coisa com a outra", disse, assegurando que não está no horizonte qualquer aumento dos combustíveis.

O governo anunciou nesta terça-feira a redução das tarifas de energia elétrica de 16,2 por cento a 28 por cento para residências, comércio e indústria, a partir de 2013, com o objetivo reduzir o custo de produção no país e aumentar a competitividade brasileira.

"Estamos numa cruzada para reduzir os custos no Brasil e tornar o Brasil tão competitivo como qualquer outro país." Mantega disse que a redução nos custos com a energia elétrica será um instrumento a mais de estímulo ao consumo, em um momento em que a economia brasileira ainda patina.

"O consumidor vai ter uma sobra de recurso para fazer outras aquisições, vai fazer economia e poderá comprar bens de consumo", disse.

Mantega voltou a falar que a redução da conta de energia elétrica associada às demais medidas adotadas pelo governo fará o Brasil crescer acima de 4 por cento em 2013.

Questionado sobre o anúncio de novas medidas, o ministro não descartou a possibilidade de novas desonerações na folha de pagamento das empresas serem adotadas nos próximos dias.

Acompanhe tudo sobre:Consumoeconomia-brasileiraEletricidadeEnergiaEnergia elétricaGuido MantegaImpostosIncentivos fiscaisInflaçãoPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosServiços

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto