Economia

Mantega reconhece crescimento baixo da economia

"Os números estão no retrovisor, fica para trás, e de qualquer forma é um resultado bom em relação ao primeiro trimestre", disse o ministro de Dilma


	Mantega ressaltou que o país passou pela pior fase, que foi o primeiro trimestre de 2012, e que a economia conseguirá crescer mais nos próximos trimestres
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Mantega ressaltou que o país passou pela pior fase, que foi o primeiro trimestre de 2012, e que a economia conseguirá crescer mais nos próximos trimestres (Ueslei Marcelino/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 31 de agosto de 2012 às 14h57.

São Paulo - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, admitiu nesta sexta-feira que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre de 2012 não foi excepcional, mas que os números apontam para o prenúncio de resultados melhores. "Os números (divulgados nesta sexta-feira) estão no retrovisor, fica para trás, e de qualquer forma é um resultado bom em relação ao primeiro trimestre", disse comentando o resultado do PIB divulgado nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Mantega ressaltou que o país passou pela pior fase, que foi o primeiro trimestre de 2012, e que a economia conseguirá crescer mais nos próximos trimestres. "O terceiro e quarto trimestres serão melhores". Ele afirmou que a crise internacional puxou para baixo o crescimento dos países emergentes que dependem de exportações, o que trouxe a queda no comércio exterior. Lembrou que o desempenho da indústria foi o pior no período, mas citou as mudanças feitas recentemente na economia, como a redução da taxa básica de juros, que exigirão uma adaptação "porque a economia toda estava adaptada a trabalhar com juros altos".

Em sua avaliação, a indústria, que seria a maior beneficiada pela queda nos juros, em um primeiro momento pode ter prejuízo, porque as empresas ainda usariam o caixa para fazer aplicações. "É um efeito paradoxal, mas depois a economia se adaptará." ele completou dizendo que a indústria ainda não foi bem porque exportou menos e sofre no país concorrência com as importações". Ele avalia que com o novo patamar do câmbio, as vendas externas devem crescer e trazer um melhor desempenho para a indústria. Mantega diz que as várias medidas de incentivo tomadas pelo governo para o setor ainda não se concretizaram. Além disso, o país tem a menor taxa de juros real da história. "Os investimentos demoram mais para reagir, mas o governo toma medidas que tornam vantajoso investir no Brasil."

Agricultura

O ministro da Fazenda comemorou os resultados do agronegócio, considerado o melhor. Disse que a agricultura seguirá crescendo no terceiro trimestre por causa da safra boa no Brasil e da queda da safra nos Estados Unidos. A recuperação da indústria, avalia, também acontecerá devido a estímulos setoriais, como a redução do IPI, por exemplo, que surtirão efeito no período.

Ele prevê que a indústria automotiva seguirá beneficiada pela queda dos impostos e pelas vendas recordes, em torno de 400 mil veículos leves em agosto."É um segmento importante da indústria, juntamente com a linha branca e com os materiais de construção, cujos estímulos farão efeito e vão levar para uma trajetória melhor."

Acompanhe tudo sobre:Crescimento econômicoCrise econômicaCrises em empresasDesenvolvimento econômicoeconomia-brasileiraGuido MantegaIndicadores econômicosPersonalidadesPIBPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileiros

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto