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Mantega nega que taxas do BNDES vão subir

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje que foi um equívoco a informação de que o governo poderia aumentar as taxas de juros cobradas nas linhas de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômicos e Social (BNDES). Segundo ele, o que ocorrerá é um aumento nas taxas das linhas do Programa de […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje que foi um equívoco a informação de que o governo poderia aumentar as taxas de juros cobradas nas linhas de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômicos e Social (BNDES). Segundo ele, o que ocorrerá é um aumento nas taxas das linhas do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) a partir de 1º de julho, de 4,5% para 5,5%, conforme já estava previsto. "Outras mudanças não estão previstas. Foi um equívoco. Só vamos alterar aquilo que já anunciamos junto com as medidas para o setor exportador", disse.

Mantega negou que as medidas de prorrogação de benefícios fiscais até o fim do ano anunciadas hoje para setores como o de caminhões, tratores, veículos comerciais leves e bens de capital afetarão o Orçamento e que, por isso, não exigirão esforços adicionais um dia após o governo anunciar o aumento de 7,72% aos aposentados que ganham acima de um salário mínimo. "Não tem perda de receita porque não estávamos cobrando (esses impostos). Por isso, não há perda de arrecadação e não há nenhum ajuste a fazer", disse o ministro, em entrevista à imprensa.

O ministro afirmou que todos os benefícios anunciados para amenizar os efeitos da crise financeira para os bens de consumo já foram retirados, como o abatimento de impostos para a compra de automóveis, eletrodomésticos da chamada linha branca - como geladeiras e máquinas de lavar - e móveis. Segundo Mantega, só restaram os benefícios que favorecem o investimento, como caminhões, bens de capital e material de construção. "Não dá para afirmar que material de construção é apenas consumo, é investimento", argumentou o ministro. O benefício fiscal ao material de construção vigora até o fim do ano.

Aço

O ministro da Fazenda disse que o governo discutiu com o setor siderúrgico várias questões relacionadas ao aumento do preço do aço, como o custo e o impacto desse reajuste nos setores produtivos. No entanto, Mantega negou que a redução do imposto de importação para o aço esteja na pauta da Câmara de Comércio Exterior (Camex), que se reúne amanhã. "Estamos examinando com o setor os impactos do reajuste do aço. É uma conversa normal. Continuaremos conversando", disse. Mantega afirmou também que não entrou na pauta das reuniões de hoje os incentivos para o carro elétrico.
 

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