Economia

Mantega ironiza pedido de recursos do FMI ao Brasil

Mantega também fez questão de frisar que qualquer aporte adicional que o Brasil faça ao fundo demandará uma ação semelhante por parte dos países europeus

De Mantega, o FT afirma que pode-se esperar novamente "ideias estranhas" na economia (Marcello Casal Jr/ABr)

De Mantega, o FT afirma que pode-se esperar novamente "ideias estranhas" na economia (Marcello Casal Jr/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2011 às 15h50.

São Paulo - Ao encerrar a coletiva de imprensa após o encontro com a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, hoje, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ironizou o fato de a comandante do fundo ter vindo ao País solicitar um aporte de recursos em vez de oferecer um empréstimo.

"É uma grande satisfação dessa vez o FMI ter vindo não para trazer dinheiro, mas para pedir dinheiro. Prefiro ser credor que devedor", afirmou Mantega. O ministro, no entanto, ressaltou a boa relação entre o Brasil e o fundo. "Temos larga cooperação que vamos reforçar nesse momento, o que é necessário", concluiu.

Mantega também fez questão de frisar que qualquer aporte adicional que o Brasil faça ao fundo demandará uma ação semelhante por parte dos países europeus. "Concordamos em colocar mais recursos desde que a Europa tome iniciativa e também compareça. Não vamos colocar nossos recursos se eles não colocarem os deles", disse Mantega. Segundo ele, um eventual aporte será discutido em reunião antes do encontro do G20, previsto para fevereiro.

Acompanhe tudo sobre:Crise econômicaFMIGuido MantegaPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileiros

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo