Economia

Mantega: IPCA ainda está alto, mas estamos em ponto de inflexão

Taxa do índice em 12 meses atingiu 6,51, rompendo o teto da meta perseguida pelo governo

Mantega: "O grande vilão de abril foram os combustíveis" (Wilson Dias/Agência Brasil)

Mantega: "O grande vilão de abril foram os combustíveis" (Wilson Dias/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2011 às 11h13.

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta sexta-feira que o IPCA ainda está elevado, mas observou que o pior momento da inflação está passando, com os preços de alimentos e combustíveis devendo cair nos próximos meses.

Nesta manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,77 por cento em abril, após alta de 0,79 por cento em março. A taxa em 12 meses atingiu 6,51, rompendo o teto da meta perseguida pelo governo, que tem centro em 4,5 por cento e tolerância de 2 pontos percentuais.

A variação do IPCA veio abaixo da mediana das previsões de economistas, que apontava para uma alta de 0,84 por cento.

"(O IPCA) ainda está alto, porém já mostra tendência de queda da inflação. O grande vilão de abril foram os combustíveis", disse Mantega.

Ele observou que os preços de combustíveis já estão caindo e que, em breve, essa queda vai chegar ao consumidor. Segundo ele, a notícia boa em todo o conjunto de commodities é que está "tendo forte desaceleração".

"Os preços dos alimentos já estão caindo, isso já está no IPCA de abril", afirmou. "Estamos no chamado ponto de inflexão, ou seja, o momento em que muda a inflação para baixo." Em abril, os preços do grupo Alimentação e bebidas subiram 0,58 por cento, abaixo da alta de 0,75 por cento em março.

Para Mantega, os alimentos "certamente" vão continuar caindo no Brasil. "Já podemos respirar em maio", disse ele, acrescentando que "estamos esperando uma inflação do IPCA em 0,45 por cento a 0,50 por cento".

"O pior momento da inflação está passando, está sendo deixado para trás em abril e a partir de maio os preços vão começar a cair no Brasil, de modo que a inflação estará sob controle", disse.

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