Economia

Mantega fala em crescimento de até 4,5% em 2013

Para ministro, 2012 foi um ano de batalha e que não teve a trajetória econômica que o governo esperava.


	Mantega:  2012 foi "um ano de batalha" e que não teve a trajetória econômica que o governo esperava
 (Agência Brasil/Fábio Pozzebom)

Mantega:  2012 foi "um ano de batalha" e que não teve a trajetória econômica que o governo esperava (Agência Brasil/Fábio Pozzebom)

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Da Redação

Publicado em 21 de dezembro de 2012 às 17h50.

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quarta-feira que existe a possibilidade de a economia brasileira crescer de 4% a 4,5% em 2013. Segundo ele, as projeções do mercado vão de 3% a 4%.

"Fico contente que a projeção mais pessimista é de 3%. Eu prefiro ficar com a estimativa de 4%, que é um bom número para 2013", disse. O ministro, no entanto, evitou fazer projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2012. "2012 já foi. Não vamos olhar para trás", disse. Mantega participou nesta quarta-feira de um café da manhã com jornalistas.

Ano difícil

O ministro Mantega fez, no entanto, um balanço do desempenho da economia em 2012 e traçou projeções para 2013. Durante um café da manhã com jornalistas, o ministro disse que 2012 foi "um ano de batalha" e que não teve a trajetória econômica que o governo esperava. "Não só nós, toda a torcida do Corinthians e do Palmeiras", afirmou.

Segundo ele, embora 2012 tenha sido um ano difícil, foi um ano de grandes realizações, de reformas estruturais, mas que não surtem efeito imediato. "Não traz a felicidade imediata", ressaltou. Ele observou, no entanto, que não foi só o Brasil que não conseguiu a taxa de crescimento desejada. Falou que o mundo desacelerou, destacando a situação da China.

Reformas

Segundo o ministro, o lado positivo de 2012 para o Brasil foram as reformas estruturais. Ele disse que o País vivia uma distorção com juros, cambial e tributária. "O Brasil convivia com essas três grandes distorções que causam danos também para o governo que paga um serviço elevado da dívida".


Mantega disse que o Brasil pagou, no ano passado, 5,8% do Produto Interno Bruto (PIB) em serviço da dívida e estimou que isso cairá para 4,6%, este ano, e ficará em torno de 4,4% em 2013. Segundo ele, nenhum País do mundo tem um pagamento tão grande do serviço da dívida.

"Ninguém aguenta. O Brasil tinha essas distorções gêmeas. O Brasil vive com a carga tributária alta para pagar a dívida e o Brasil precisa de um superávit de 3% do PIB, também para pagar a dívida", afirmou.

Carga tributária

Mantega disse que as distorções gêmeas ao longo deste ano foram juros e carga tributária elevada. "É quase um milagre o que fizemos nestes últimos anos". Estamos eliminando essas distorções e temos de olhar a repercussão dessas mudanças". O ministro destacou que o País nunca teve juros reais como os atuais, de 1,7%. "É uma maravilha!".

O ministro lembrou também que o governo promoveu desonerações tributárias de R$ 45 bilhões, este ano. "Tudo que deixamos de pagar de juros vamos reduzir em tributos", disse. Ele falou ainda que o País vive um momento de transição, de forte estímulo ao investimento e à produção.

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