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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, prevê que a economia brasileira crescerá acima de 5,7% em 2010. Segundo ele, se nada mais ocorresse na economia, o crescimento do PIB já seria de 2 7%, por causa do efeito carregamento de 2009.
Ele considerou que, embora negativo (-0,2%), o resultado do PIB em 2009 foi "razoável" porque o mundo viveu a maior crise do capitalismo nos últimos anos. Ele destacou que a indústria e os investimentos puxaram a expansão do PIB no quarto trimestre do ano passado. "Aquele vigor que a economia tinha antes da crise foi retomado. O crescimento é de boa qualidade", disse o ministro, destacando que a alta dos investimentos tem sido maior do que o consumo, o que é salutar para a economia. "A economia brasileira já deixou a crise para trás. O resultado do quarto trimestre demonstra isso", afirmou.
Mantega disse que o Brasil teve o melhor desempenho do que a maioria dos países do mundo. Segundo ele, os dados do quarto trimestre anualizados só não foram melhores que os da China, Rússia, Indonésia e México dentre os países que compõem o G-20. Ele destacou ainda o crescimento da demanda não só pelo aumento do consumo das famílias, mas também pela alta das vendas do comércio varejista. "2010 começou muito bem, com a demanda aquecida", disse, ao citar o setor de móveis, que recebeu incentivo fiscal do governo, e de hipermercados e supermercados. "Janeiro foi um mês forte de crescimento da demanda e certamente será dos investimentos", declarou.
O ministro também ressaltou que o Brasil foi um dos poucos países que geraram emprego durante a crise, com quase um milhão de novos postos de trabalho com carteira assinada, o que explica porque o mercado consumidor continua crescendo. Mantega disse ainda que as medidas adotadas pelo governo para superar a crise foram muito eficazes, tanto na reativação do crédito quanto na redução de tributos para alguns setores. "A redução dos tributos está sendo retirada porque a economia está recuperada e não precisa desses empurrões do governo", acrescentou.