Economia

Mantega: economia precisa de blindagem contra política

Belo Horizonte - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje, durante almoço oferecido pela Associação Comercial de Minas Gerais (ACMinas), que o crescimento econômico sustentável que o País vem obtendo tem que ser "blindado das intercorrências políticas". "Estamos em ano eleitoral e, às vezes, pode surgir algo que queira interferir na economia, mas não […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h43.

Belo Horizonte - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje, durante almoço oferecido pela Associação Comercial de Minas Gerais (ACMinas), que o crescimento econômico sustentável que o País vem obtendo tem que ser "blindado das intercorrências políticas". "Estamos em ano eleitoral e, às vezes, pode surgir algo que queira interferir na economia, mas não podemos deixar que isso aconteça", afirmou. De acordo com o ministro, a economia deve seguir sua trajetória sustentável e independente da política.

Mantega ressaltou que o governo federal, neste ano de eleição, não terá um comportamento diferente ao demonstrado nos outros anos de gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Continuaremos zelando pelo crescimento sustentável e pelos investimentos", assegurou.

Da mesma forma, o ministro disse não esperar nenhum comportamento atípico do ponto de vista da inflação e das contas públicas. Prova disso, segundo ele, é que o governo manteve o superávit primário em níveis elevados em pleno ano eleitoral. Mantega comentou os resultados do superávit primário em janeiro, que chegou a R$ 13,9 bilhões, volume suficiente para cobrir quase 80% da meta de R$ 18 bilhões do primeiro quadrimestre do ano. "Esses resultados demonstram que o compromisso de 3,3% ao ano está sendo cumprido".

Mantega pediu ainda aos empresários da ACMinas que mantenham a confiança na economia brasileira. O ministro disse acreditar que a sociedade brasileira amadureceu desde 2002, ano em que o Lula foi eleito pela primeira vez, mas que é preciso que seja mantida a confiança conquistada no decorrer dos últimos oito anos. "Exigimos que, qualquer que seja, o presidente da República mantenha as coisas boas que estão sendo feitas", disse.

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