O presidente da BM&Bovespa, Edemir Pinto, avaliou, no entanto, que uma eventual redução no IOF sobre derivativos seria benéfica para os negócios (Luciana Cavalcanti/VOCÊ S.A.)
Da Redação
Publicado em 6 de junho de 2013 às 16h36.
Brasília - A eventual redução da alíquota de 1 % do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) incidente sobre posições em derivativos cambiais não foi tema da conversa entre o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, no início da tarde desta quinta-feira.
"Esse assunto não foi tratado", disse Pinto ao deixar o Ministério da Fazenda em Brasília.
Após o governo zerar o IOF de 6 % no ingresso de capital estrangeiro para investimento em renda fixa no país, na terça-feira, o mercado avalia a que a próxima medida de remoção de barreiras ao fluxo de capital externo poderá abarcar o IOF incidente sobre a posição vendida líquida em dólar no mercado futuro.
O presidente da BM&Bovespa avaliou, no entanto, que uma eventual redução no tributo seria benéfica para os negócios.
"O governo conhece minhas posições. Seria boa a retirada (do IOF dos derivativos cambiais). Mas o governo tem que ter rol de informações e está sabendo o momento certo de fazer esses movimentos."
Uma fonte próxima à presidente Dilma Rousseff disse à Reuters, na noite de quarta-feira, que o governo não quer uma desvalorização desordenada do real e que a área econômica tem um cardápio de opções para atuar no câmbio.
Nesta quinta-feira, a moeda norte-americana caía ante o real diante da percepção de que o Banco Central fará um ciclo de aperto monetário mais agressivo para combater a inflação.
O presidente da BM&FBovespa disse que o motivo do encontro com Mantega foi a entrega ao governo da proposta de isenção do Imposto de Renda para investidores que comprarem ações de micro e pequenas empresas listadas em bolsa. A medida será analisada pela área econômica.