Economia

Mantega diz que Lula não continuou política de governo anterior

Em Madri, o ministro da Fazenda disse que a boa fase do governo Lula não é fruto dos governos passados

Em seminário realizado em Madri, Mantega aproveitou para assegurar os investidores de que a crise no Brasil já passou. (.)

Em seminário realizado em Madri, Mantega aproveitou para assegurar os investidores de que a crise no Brasil já passou. (.)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Madri - Ao defender a economia brasileira na Espanha, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o governo Lula não trilhou o mesmo caminho de governos passados. "É um erro dizer que houve continuidade da política econômica".  Ele afirmou que o Brasil só tem boas previsões de crescimento para este ano devido à nova política implantada pelo governo Lula.

As declarações foram dadas durante o seminário Aliança para a Nova Economia Global, em Madri, que reuniu investidores, políticos e intelectuais espanhóis interessados na estratégia brasileira de enfrentamento da crise global.

A expectativa do governo é de que a economia brasileira cresça em torno de 6,5% este ano, após a crise financeira que atingiu o mundo em 2008. Para o ministro, os países emergentes vão liderar o crescimento mundial. Segundo ele, nos próximos cinco anos, o Bric - grupos de países em desenvolvimento formado pelo Brasil, a Rússia, a Índia e a China - vai responder por dois terços da economia, com crescimento em torno de 5%.

Mantega garantiu aos investidores que a crise já passou para o país. "Não há mais crise no Brasil". Ele admitiu que recessões como a que a Europa vive agora ainda refletem no país, porém sem comprometer o crescimento. O ministro lembrou que as previsões para este ano são de gerar mais de 2 milhões de empregos. "Uma expansão de emprego maior até do que a China", acrescentou.

Mantega apresentou aos espanhóis um quadro positivo da economia brasileira, destacando os números das vendas no varejo, principalmente no setor automotivo e de materiais de construção. O ministro afirmou que a demanda está crescendo quase 10% ao ano, de acordo com números do mês de abril. "Os investimentos crescem mais do que o Produto Interno Bruto no Brasil".

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