Economia

Mantega defende uso do Fundo Soberano para cobrir despesas

Decisão da utilização do FSB consta do Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, documento divulgado pelo Ministério do Planejamento


	Guido Mantega: "não tem nada mais legítimo do que a utilização do Fundo Soberano, que nós economizamos em 2008, para cobrir uma parte das despesas"
 (José Cruz/Agência Brasil)

Guido Mantega: "não tem nada mais legítimo do que a utilização do Fundo Soberano, que nós economizamos em 2008, para cobrir uma parte das despesas" (José Cruz/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2014 às 13h44.

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, considerou “legítima” a utilização do Fundo Soberano do Brasil (FSB) para cobrir despesas da União em 2014. A frustração nas projeções de crescimento da arrecadação levou o governo a sacar R$ 3,5 bilhões do fundo para impedir novo corte de despesas discricionárias (não obrigatórias).

“O Fundo Soberano é uma poupança primária que nós fizemos em 2008. Portanto, ele é perfeitamente utilizável. Não tem nada mais legítimo do que a utilização do Fundo Soberano, que nós economizamos em 2008, para cobrir uma parte das despesas. Então, não vejo qual a complicação nisso”, disse ao chegar hoje (23) para o trabalho no Ministério da Fazenda, em Brasília.

A decisão da utilização do FSB consta do Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, documento divulgado a cada dois meses, pelo Ministério do Planejamento, que orienta a execução do Orçamento Geral da União.

O relatório indica também que, pelo terceiro bimestre seguido, a equipe econômica diminuiu a previsão oficial de crescimento da economia. A estimativa de aumento do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) caiu de 1,8% para 0,9%. Para a inflação, a estimativa oficial medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi mantida em 6,2% e, apesar da alta do dólar, o relatório prevê que a taxa média de câmbio fechará 2014 em R$ 2,29, sem mudança em relação ao documento anterior.

O Fundo Soberano foi formado pelo excedente do superávit primário – economia de recursos para pagar os juros da dívida pública – de 2008. A poupança serviu como reserva, caso o governo precisasse fechar as contas públicas. No fim de 2012, o Tesouro Nacional já tinha sacado R$ 12 bilhões para alcançar a meta de superávit primário daquele ano.

Acompanhe tudo sobre:Crescimento econômicoDesenvolvimento econômicoGuido MantegaMinistério da FazendaMinistério do PlanejamentoPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileiros

Mais de Economia

Temos um espaço muito menor para errar, diz Funchal sobre trajetória da dívida pública

Isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil recairá sobre grandes empresas, diz Rodrigo Maia

A crescente força das gerações prateadas no Brasil

Haddad diz que consignado privado pelo eSocial terá juro "menos da metade" do que se paga hoje