Economia

Mantega critica propostas de presidenciáveis da oposição

Ministro ressaltou que proposta macroeconômica neoliberal iria diminuir os investimentos no pré-sal, o que seria bem negativo para o setor de energia do país


	Guido Mantega: "Essa política neoliberal seria ruim, causaria recessão e desemprego"
 (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Guido Mantega: "Essa política neoliberal seria ruim, causaria recessão e desemprego" (Antonio Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 15 de setembro de 2014 às 15h32.

São Paulo - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, criticou nesta segunda-feira, 15, durante o 11º Fórum de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), avaliações de candidatos para a Presidência da República da oposição, segundo as quais serão adotadas propostas de ajuste fiscal rápido a partir de 2015.

"Ouvi falar em corte de R$ 100 bilhões. São propostas temerárias de execução e de consequências fortes", destacou, sobretudo aos investimentos, à área social, à produção industrial e à geração de empregos na economia.

"Ouvi falar de desmame da indústria. Benjamin (Steinbruch), você vai ser desmamado", comentou Mantega, com bom humor para o presidente da Fiesp, que estava ao seu lado durante palestra proferida no Fórum.

"Desmame será abrir mais (o país) para a concorrência com estrangeiros. Para mim, seria trágico para a indústria", destacou.

"Essa política neoliberal seria ruim, causaria recessão e desemprego."

Nesse contexto, o ministro da Fazenda afirmou que, com essa nova proposta macroeconômica neoliberal "tenho medo do desmonte do BNDES, como se fazia em 2001 e 2002", quando, segundo ele, o banco estatal estava sendo "desmontado."

"Sem juro baixo para o setor privado, a economia ficaria numa situação difícil", ponderou, referindo-se à Taxa de Juros de Longo Prazo, a TJLP, que está em 5% ao ano.

O ministro também ressaltou que essa política de gestão da economia iria diminuir os investimentos no pré-sal, o que seria bem negativo para o setor de energia do país.

"Então, teríamos uma situação pior para a indústria, que vive uma situação sensível. Não seria a melhor estratégia para viabilizar o novo ciclo de expansão da economia."

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