Mantega: "Tem os movimentos internacionais e a queda de preços de commodities, mas nós continuaremos persistindo de modo a impedir o excesso de entrada de capitais e a valorização do real" (Renato Araújo/ABr)
Da Redação
Publicado em 16 de maio de 2011 às 17h35.
São Paulo - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje que não há nenhum relaxamento do governo em relação à inflação. O ministro participa do XXIII Fórum Nacional, na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio, cujo tema este ano é "Visão de Brasil desenvolvido para participar da competição do século: China, Índia e Brasil".
"Estamos sempre atentos para manter a inflação dentro dos limites. Temos certeza absoluta de que em 2011 a inflação estará dentro da meta, do limite superior da meta, aliás, como tem estado nos últimos cinco anos", afirmou Mantega.
O ministro disse que há uma nítida tendência de queda nos preços dos combustíveis, o que vai ajudar a desacelerar a inflação e mantê-la dentro da meta do governo. "Os combustíveis subiram porque subiu o etanol. Pegamos um período de entressafra, mas agora com o início da safra houve uma expansão da oferta.
O preço foi reduzido primeiro ao produtor, demora um tempo para chegar à bomba, mas agora já está chegando ao consumidor. Portanto, teremos uma deflação no combustível, que é o segundo vilão dessa história inflacionária", afirmou Mantega, lembrando ainda que a queda dos preços das matérias-primas (commodities) no mercado externo também ajudará a frear a inflação no País.
Mantega disse que a alta dos preços das commodities no mercado externo tanto prejudica quanto ajuda o País. A alta dos preços das commodities é uma das principais pressões sobre a inflação oficial desde o ano passado. "No Brasil existem problemas quando sobe essa inflação de commodities, mas, por outro lado, é um dos países mais bem preparados para enfrentar essa situação, porque produzimos petróleo e porque também somos um grande produtor de alimentos. Por isso, também temos vantagens quando sobem os preços dessas commodities. Então essa é uma moeda que tem duas faces", afirmou Mantega.