Economia

Para Mantega, Brics serão líderes de crescimento

Ministro da Fazenda elogiou mudança na política econômica brasileira, que possibilitou ao país se juntar a China e Índia na taxa de crescimento

O ministro da Fazenda, Guido Mantega: apesar de enaltecer o crescimento do PIB, ele lembrou que áreas como a educação ainda são deficientes no Brasil (.)

O ministro da Fazenda, Guido Mantega: apesar de enaltecer o crescimento do PIB, ele lembrou que áreas como a educação ainda são deficientes no Brasil (.)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje que os países que compõem o Bric (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia e China) serão os líderes de crescimento da economia mundial nos próximos anos, após o impacto da crise financeira internacional. "Antes, o Brasil tinha taxas de crescimento mais medíocres, mas hoje possui dinamismo maior", afirmou, durante discurso na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).

"Para 2010, o Brasil deve crescer acima de 6%. Alguns falam que crescerá acima de 7%", afirmou. Mantega disse ainda que os países avançados ficarão para trás neste processo. Para ele, o desempenho do Brasil não se deve ao acaso. "A política econômica mudou, senão não teríamos esse resultado", afirmou. Segundo o ministro, as medidas anticíclicas adotadas pelo governo no auge da crise foram eficientes e são as responsáveis pelo País estar voltando a crescer a taxas robustas.

O ministro lembrou que, em agosto de 2008, período anterior à turbulência, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro crescia a uma taxa entre 6% e 6,5%. "Na ocasião, não ouvíamos mais críticas de que o Brasil crescia menos do que outros emergentes", disse. Mantega salientou que a expansão do PIB no primeiro trimestre deste ano foi semelhante a da China e maior que a da Índia. "Isso demonstra que a economia brasileira tem condições de obter crescimento mais forte", disse.

O objetivo do governo, segundo ele, era gerar mais empregos durante a crise. "Teremos este ano a menor taxa de desemprego de toda a série histórica", previu. Para Mantega, ainda que empresários reclamem da falta de mão de obra qualificada, essa é uma preocupação de segundo plano para o governo. "Falta de trabalhadores é um problema excelente, pois pode ser resolvido", disse.

O ministro reconheceu que o País está atrasado na área da educação, mas afirmou que a existência de empregos estimula o cidadão a estudar. Ele disse ainda que, nos próximos dias, o Ministério da Educação divulgará dados que mostrarão melhoria importante do ensino básico brasileiro nas áreas de português e matemática.

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