Guido Mantega: ministro afirmou que taxa do PSI para exportação será de 8 por cento, ante 5,5 por cent (Abr)
Da Redação
Publicado em 11 de dezembro de 2013 às 13h00.
Brasília - O Programa de Sustentação do Investimento (PSI) será prorrogado em 2014, mas com taxas de juros maiores para o financiamento do investimento, anunciou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, nesta quarta-feira, mas sem informar qual será o montante destinado para essa linha.
Segundo o ministro, as taxas para financiamento de ônibus, caminhões, bens de capital e pró-caminhoneiro passarão para 6 por cento, ante 4 por cento. Já o financiamento à inovação terá elevação para 4 por cento, acima dos 3,5 por cento de agora. A taxa do PSI para exportação será de 8 por cento, ante 5,5 por cento.
O aumento nos custos ocorre na esteira do ciclo de elevações da Selic, que saiu da mínima histórica de 7,25 por cento em abril para o atual patamar de 10 por cento. "As taxas (do PSI) cresceram acompanhando a Selic e conjuntura", disse Mantega durante evento com o setor industrial.
O PSI foi criado pelo governo no auge da crise econômica mundial no fim da década passada para garantir crédito para investimento, num momento em que a oferta de financiamento produtivo se tornou escassa.
Este ano os financiamentos oferecidos pelo PSI através das linhas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) somarão 80 bilhões de reais, informou Mantega.
No setor privado, representantes do setor privado avaliam inicialmente que mesmo com o encarecimentos dos custos, o PSI continuará atrativo.
"Relativamente, o incentivo melhorou. Quando a Selic estava em 7,25 por cento ao ano, a taxa do PSI estava em 4 por cento. Agora a Selic foi para 10 por cento e a taxa a 6 por cento. Ainda é bastante importante e certamente vai assegurar crescimento da indústria (venda de caminhões) em 5 a 7 por cento no ano que vem", afirmou o presidente-executivo da MAN América Latina, Roberto Cortes.
A companhia é unidade do grupo Volkswagen e maior fabricante de caminhões no país. "Em termos reais ainda é uma taxa perto de zero, que cria propensão ao investimento", acrescentou.
Arrecadação
Durante sua apresentação nesta manhã, Mantega anunciou que a arrecadação federal de novembro será recorde e ficará superior a 110 bilhões de reais.
A arrecadação de novembro foi influenciada positivamente pelo pagamento ao governo dos 15 bilhões de reais do bônus para exploração do campo de petróleo de Libra e também pela receita extraordinária de 20 bilhões de reais com o Refis.
A arrecadação recorde de novembro vai ajudar o governo a fechar as contas públicas, mas ainda sem indicação de que o governo cumprirá a meta ajustada do setor público consolidado de superávit primário de 2,3 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).
Atualizado às 14h