Economia

Mantega admite ter feito projeções equivocadas em 2011

"Quem adivinhou que haveria uma recaída da crise? E todo mundo reviu. Eu também fiz uma previsão equivocada e nós vamos fazendo as revisões", disse o ministro


	Mantega também defendeu a decisão do governo de alterar as regras de remuneração da caderneta de poupança
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Mantega também defendeu a decisão do governo de alterar as regras de remuneração da caderneta de poupança (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 26 de junho de 2013 às 14h18.

Brasília - Ao rebater as críticas da oposição, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, admitiu que fez projeções equivocadas em 2011 assim como todos os economistas. Ele lembrou que pesquisa Focus do Banco Central previa um crescimento do PIB de 4,5% do PIB em 2012 e 2013.

"Então quem adivinhou que haveria uma recaída da crise? E todo mundo reviu. Eu também fiz uma previsão equivocada e nós vamos fazendo as revisões", disse o ministro durante audiência pública na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira, 26.

Mantega também defendeu a decisão do governo de alterar as regras de remuneração da caderneta de poupança. "As regras da poupança foram para garantir o interesse do poupador, tanto que não vi nenhuma crítica", disse. Segundo ele, o número de pessoas que aplicam em poupança tem aumentado muito.

Ele lembrou que as regras estão atreladas ao comportamento da taxa Selic. "Quando sobe a Selic, sobe poupança. É um sistema que beneficia os poupadores sem nenhum problema", disse.

Fed

Mantega também afirmou que as ações do banco central americano, o Federal Reserve, vão afetar a economia brasileira. Disse que as bolsas mundiais caíram nos últimos dias.

"Essa é a dinâmica no momento em que se faz esse ajuste da economia americana. Vai haver alguma consequência no crescimento da economia internacional. No caso da brasileira, nossa consequência será menor, mas haverá sim alguma", previu.

Ele avaliou, no entanto, que o impacto no Brasil será menor porque "tomamos antídotos". E fez mais uma projeção: "Isso não deve atrapalhar a recuperação do crescimento neste ano, que será certamente maior que no ano passado".

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