Vagas: desemprego deve repetir o menor índice em 16 anos (Mike Blake/Reuters)
EXAME Hoje
Publicado em 4 de agosto de 2017 às 06h23.
Última atualização em 4 de agosto de 2017 às 07h33.
Os Estados Unidos devem publicar nesta sexta-feira a menor taxa de desemprego em 16 anos: 4,3%. O último levantamento realizado pelo Departamento de Trabalho dos Estados Unidos (Departament of Labour) registrou taxa de 4,4%, equivalente a cerca de 7 milhões de pessoas. A taxa vem caindo no país desde 2010, quando chegou a 10% influenciada pela crise econômica. Em maio, atingiu o patamar de 4,3%, que, após pequena subida, deve voltar a se repetir hoje.
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Apesar de Donald Trump estar há seis meses na Casa Branca, os números não são consequência de suas políticas – na verdade, acontecem apesar do caos em seu governo. Ele, claro, tenta capitalizar em cima dos números invejáveis, considerados pleno emprego por analistas. Desde o início do ano, foram criados 120.000 empregos por mês.
Setores como o da mineração e da assistência social e médica se destacaram como grandes geradores de vagas. Em alguns setores, como o de pesca, chega a faltar trabalhadores, o que levou o governo a liberar, em julho, 15.000 vistos temporários para imigrantes, numa decisão que bate de frente com a retórica de campanha de Trump.
Economistas e governos de todas as partes do mundo voltam seus olhos para o resultado de amanhã, uma vez que que o nível de desemprego do país influencia na produção e, consequentemente, nas taxas de juros do país. O país mantém taxas de juros baixas desde a crise de 2008, o que levou a uma enorme onda de liquidez global, o que ajuda, por exemplo, a atrair investidores para o Brasil. Desemprego menor pode levar a mais altas de juros, revertendo parte deste ciclo. A taxa está atualmente na faixa de 1% a 1,25%, e deve ter mais uma alta em 2017.