(Amanda Perobelli/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 26 de maio de 2021 às 21h06.
Quase três em cada quatro empresários do setor de bares e restaurantes (72%) apontam ter débitos vencidos. Destes, 81% estão em atraso com o pagamento do Simples ou outros impostos federais (como Imposto de Renda e INSS). Outros 43% dizem também ter problemas com impostos estaduais e municipais (como IPTU), 40% devem aluguel e 38% têm débitos vencidos de água/luz/gás.
Com tantos problemas financeiros, 74% dizem que fariam um empréstimo via Pronampe se o programa for reaberto. No mês de abril, 44% dos estabelecimentos não podiam funcionar depois das 20h. Além disso, quase metade das empresas está faturando menos de 40% do que antes da pandemia. Os dados são de uma pesquisa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).
O levantamento aponta que 77% desses empreendimentos apresentaram prejuízo no mês de abril; em março, o índice era de 81%. Além disso, 49% enfrentaram dificuldades para pagar salários, número também melhor do que o de março deste ano, de 91%. A melhora, segundo a entidade, é reflexo da reabertura dos estabelecimentos pelo País em abril.
Com as novas medidas de manutenção de emprego do governo, 58% dos donos de bares e restaurantes pretendem adiar o pagamento do FGTS, 44% pretendem adotar a redução de jornada e 42% querem adotar a suspensão de contratos.
Nesse setor, a imagem dos governos estaduais está desgastada: 76% desaprovam totalmente ou em parte as ações dessas autoridades na pandemia. As prefeituras têm 66% de desaprovação, contra 42% do governo federal.
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