Economia

Maioria dos membros do BC britânico foi contra alta de juros

Autoridades viram poucas evidências de pressão inflacionária, com apenas dois deles continuando a votar pelo aperto da política monetária


	Banco Central britânico: membros Martin Weale e Ian McCafferty votaram pela elevação da taxa de juros
 (Adrian Pingstone/Wikimedia Commons)

Banco Central britânico: membros Martin Weale e Ian McCafferty votaram pela elevação da taxa de juros (Adrian Pingstone/Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2014 às 07h08.

Londres - A maioria das autoridades do banco central britânico foi firmemente contra elevar a taxa de juros, vendo poucas evidências de pressão inflacionária, com apenas dois deles continuando a votar pelo aperto da política monetária.

A ata da reunião de 7 e 8 de outubro do Comitê de Política Monetária mostrou que a autoridade monetária acredita que a capacidade ociosa na economia britânica está sendo reduzida com menos rapidez do que se esperava até então.

Em outro sinal de que o BC não tem pressa para elevar os juros, a maioria dos nove membros do Comitê viu "poucos sinais" de aumento das pressões inflacionárias, mesmo levando em consideração como a libra mais forte está reduzindo os preços de importação, algo que pode ser temporário.

"Para esses membros, permanecem poucos sinais de pressão inflacionária na economia britânica, mesmo depois de olhar os efeitos de taxa cambial mais forte", apontou a ata.

Os membros Martin Weale e Ian McCafferty votaram pela elevação da taxa de juros da mínima recorde de 0,5 por cento para 0,75 por cento, como fizeram em agosto e setembro.

Eles argumentaram que manter os juros baixos pode desequilibrar a recuperação econômica britânica e longos atrasos na efetividade das altas dos juros significam que um aumento agora é necessário.

Mas a maioria dos membros acredita que elevar os juros agora pode deixar a Grã-Bretanha vulnerável a possíveis choques futuros à economia.

Acompanhe tudo sobre:InglaterraJurosPaíses ricosPolítica monetária

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto