Economia

Maioria do setor atacadista espera crescimento real em 2017

De acordo com a Serasa Experian, diante de sinais de recuperação econômica e queda da inflação, a perspectiva é otimista entre participantes do setor

Atacado: 29% avaliam que o desempenho do negócio deve ser até 5% superior em relação à inflação (Getty Images/Getty Images)

Atacado: 29% avaliam que o desempenho do negócio deve ser até 5% superior em relação à inflação (Getty Images/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de julho de 2017 às 15h41.

São Paulo - A maioria dos participantes do comércio atacadista projeta crescimento em 2017 acima da inflação em termos reais, aponta pesquisa realizada pela Serasa Experian.

Conforme o levantamento, 29% avaliam que o desempenho do negócio deve ser até 5% superior em relação à inflação.

Outros 25% projetam crescimento real entre 5% e 10%, enquanto 13% esperam registrar ganhos reais acima de 10% no ano.

Por outro lado, 26% dos empresários consultados esperam que o resultado acompanhe a inflação, com crescimento real de 0%, e os demais 6% esperam queda real.

A entidade aponta que, diante de sinais de recuperação da economia e queda da inflação, a perspectiva de curto prazo é otimista entre participantes do setor.

"A queda estrutural da inflação beneficia a capacidade de consumo da base da pirâmide social, sendo a população de baixa renda a grande consumidora dos postos de venda abastecidos pelo atacado", explica, em nota, o vice-presidente de Pessoa Jurídica da Serasa Experian, Victor Loyola.

Investimento

A expectativa de crescimento acima da inflação pela maioria dos consultados, entretanto, não se reflete nos planos de investimentos, indica a Serasa Experian.

Mais da metade (51%) relata que a previsão é de investimentos apenas para preservação da operação, sem foco em expansão.

Já outros 27% pretendem expandir os negócios; 11% vão destinar capital à modernização da empresa; e 1% projeta outros investimentos.

A parcela de entrevistados que não farão nenhum aporte no negócio corresponde a 10% do total.

"Isso acontece porque os atacadistas operaram com capacidade ociosa nos últimos anos, o que justifica a não necessidade de novos investimentos para expansão neste momento, mesmo frente a uma demanda maior", ressalta Loyola, na nota.

Para a elaboração da pesquisa, a Serasa Experian consultou 177 gestores de empresas do setor atacadista.

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