Rodrigo Maia: "Acho que está na hora de voltarmos a ter reuniões periódicas e permanentes" (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 23 de julho de 2020 às 17h13.
Última atualização em 23 de julho de 2020 às 21h18.
Com tom conciliador, o presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ) afirmou que o momento é de diálogo e união de esforços com o governo. Ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes, o parlamentar afirmou que sempre confiou no chefe da equipe econômica e sinalizou apoio às pautas consideradas prioritárias para o governo que, segundo ele, vão à voto a partir de agosto.
"Acho que está na hora de voltarmos a ter reuniões periódicas e permanentes, Sempre tive uma enorme confiança no ministro Paulo Guedes. Na minha última eleição Guedes foi decisivo e eu vim aqui dizer a ele isso, do meu compromisso de pauta da modernização do Estado brasileiro, de melhoria do ambiente de negócio do setor privado", disse.]
Nos últimos dias, Guedes e Maia ensaiam uma aproximação em busca de entendimento sobre a pauta econômica, após atritos durante a pandemia do novo coronavírus. Maia afirmou que é necessário "tirar da frente" qualquer ruído sobre a relação com o governo federal.
"Nós sabemos que o governo tem demandas importantes que já estão na Câmara e que vão à voto a partir de agosto, a lei do gás, de recuperação judicial e a lei cambial, que o Banco Central já vem há muito tempo", afirmou. "Como ele, também acredito muito que o Brasil vai crescer, gerando marcos regulatórios e segurança jurídica para investir."
Maia também ressaltou a discussão da indexação do Orçamento e das PECs encaminhadas pela equipe econômica no ano passado, travadas no Senado por conta da pandemia. "São muito importantes em qualquer momento, mas principalmente em um momento como esse de pandemia e depois pós pandemia onde as pressões por investimentos e depois por aumento de despesas e proteção aos mais vulneráveis vão aparecer. A gente tem que olhar todas as oportunidades." Perguntado, Maia evitou responder sobre medidas de desoneração da folha de pagamento. Ele afirmou que o debate deve ficar para depois e que o momento é de foco nos assuntos que unem o governo e o parlamento.