Rodrigo Maia: "Não é porque é carreira típica de Estado que você vai ter a prerrogativa de não poder ser demitido em todas as condições" (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 15 de agosto de 2019 às 13h04.
Ao falar sobre a reforma administrativa que pretende fazer na Câmara, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta quinta-feira, 15, que a ideia é mudar as regras de estabilidade para os futuros servidores. "Para os futuros, é claro que a gente quer constituir novo marco sobre estabilidade do servidor público", disse a jornalistas.
Ele explicou que os servidores já concursados não seriam afetados pelas mudanças.
Para o presidente da Câmara, a eficiência tem de "fazer parte das responsabilidades de qualquer servidor". "Não é porque é carreira típica de Estado que você vai ter a prerrogativa de não poder ser demitido em todas as condições", afirmou Maia.
O deputado falou com a imprensa depois de palestra para alunos no Centro Universitário de Brasília (UniCEUB).
No evento, Maia falou, entre outros temas, sobre a ineficiência do Estado e o engessamento das contas públicas. "80% de todo o gasto está concentrado em pessoal e Previdência", destacou.
Para Maia, por esse e outros motivos, o Brasil não é um país competitivo. "É um país fechado para proteger a nossa ineficiência", disse, lembrando ainda das mudanças que quer realizar dentro da Câmara. "Uma Câmara dos Deputados que custe menos, mas que principalmente garanta maior eficiência do gasto público", disse.
Rodrigo Maia vem defendendo que o governo gasto menos com Previdência e servidores desde o início do ano, quando disse que já tinha a intenção de propor uma reforma administrativa.