Ajustes das regras para a categoria policial na reforma da Previdência são debatidos nesta quinta antes de o texto ir para votação (Pablo Valadares/Agência Câmara)
Estadão Conteúdo
Publicado em 10 de julho de 2019 às 14h39.
Última atualização em 10 de julho de 2019 às 14h59.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou nesta tarde de quarta-feira, 10, a possibilidade de se retirar a idade mínima para a aposentadoria das carreiras policiais, entre elas, Federal, Rodoviária Federal e policiais legislativos. Para ele, a medida seria um benefício para a categoria no momento em que outras carreiras dão sua cota de sacrifício.
"A retirada da idade mínima é péssima. A construção de uma regra de transição igual a do regime próprio é uma sinalização que não é a melhor, mas ela é mais correta e mais justa porque faz uma transição igual a outros sistemas e não fica parecendo que está se protegendo uma categoria, que seja a polícia ou qualquer outra sem a idade mínima, já que o brasileiro trabalhador vai ter a idade mínima, o regime próprio vai ter idade mínima, é claro que a Polícia Federal também precisa de idade mínima", disse.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), abriu sessão no plenário da Casa nesta quarta-feira para a votação em primeiro turno da reforma da Previdência.
De acordo com Maia, todos têm que participar porque, de outra forma, o sistema entrará em colapso fiscal e todos serão prejudicados.
Um destaque do Podemos à proposta da reforma da Previdência retira a idade mínima de 55 anos para a aposentadoria dos policiais. Esta seria uma solução intermediária. O governo e lideranças de partidos, no entanto, relataram ao Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, como mostrado mais cedo, que um acordo está próximo e o destaque pode acabar sendo retirado.
Para a transição, está acertada a idade mínima de 53 anos para homens e 52 para mulheres e 100% do chamado pedágio, que se refere ao tempo que o policial terá que trabalhar a mais do tempo que falta para se aposentar para obter as chamadas integralidade (se aposentar com o último salário da ativa) e paridade (que é ter os mesmos reajustes dos servidores da ativa).
Enquanto os debates avançam no plenário da Câmara para a votação da reforma da Previdência, nos bastidores governo e lideranças dos partidos acertam os últimos detalhes para a votação. Negociadores do governo relataram ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que está próximo um acordo para os policiais.