Temer e Maia: o secretário Marcelo Caetano está avaliando o impacto das sugestões dos tucanos na reforma (Ricardo Moraes/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 28 de novembro de 2017 às 18h35.
Brasília - O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta tarde de terça-feira, 28, que a base aliada está negociando e contando votos para avaliar a viabilidade de votação da reforma da Previdência ainda neste ano.
Maia destacou que a articulação intensa do governo neste momento é "fundamental" e comentou que o PSDB fez uma proposta que envolve três pontos da PEC.
"Vamos avaliar se esses três pontos vão inviabilizar a aprovação ou não, porque sem os votos do PSDB é quase impossível chegar a 308 votos", afirmou.
Segundo Maia, o secretário Marcelo Caetano está avaliando o impacto das sugestões dos tucanos na reforma. De acordo com o presidente da Câmara, Caetano vai analisar se a sugestão fica muito longe do 50% de economia que o governo está prevendo ou se vai cair muito. "Se cair muito, talvez a gente perca a condição de votar", observou.
Maia disse que não tem uma resposta sobre a data limite para votação da PEC este ano no plenário da Casa. "Se tivesse (data limite), eu teria dado", respondeu.
Ele enfatizou que, devido ao calendário de 2018, o ideal seria que a Câmara, se houvesse condições, votasse a reforma ainda este ano, porque "no próximo é muito difícil". O deputado enfatizou que está fazendo tudo o que pode para que a matéria avance em 2017.
O deputado disse que houve um mal entendido sobre a possível votação da reforma em fevereiro do próximo ano.
"Eu não disse isso. Eu disse que fevereiro, o ideal... Alguém interpretou de forma errada ou não entendeu. O que eu disse é que tudo fosse votado no mesmo mês. Mas, como tinha o carnaval no mês, era inviável votar no mesmo mês. Então nos restaria votar este ano, apesar de toda a dificuldade que a gente tem de construir um consenso para aprovar o texto da Previdência", declarou.
Maia insistiu que seria importante votar a PEC este ano, apesar de toda dificuldade para construir um consenso.
"A gente sabe que agora alguns partidos apresentam outras demandas que me parece às vezes que vão acabar tirando a importância da reforma. Então vamos ver se a gente consegue 308 votos naquilo que é o mais importante, que a gente possa manter pelo menos metade da economia pensada no início da tramitação dessa emenda constitucional", completou.