Blairo Maggi: "Estou na China e a gente percebe a mudança de humor e coisas que a gente não poderia exportar (agora) temos possibilidade, como carnes com osso, miúdos de bovinos e suínos" (Ueslei Marcelino/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 17 de maio de 2018 às 16h04.
Ribeirão Preto - O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, declarou que a abertura da Coreia do Sul para exportações de carne suína do Brasil, após mais de 12 anos de negociações, "é uma vitória importante e mostra o quanto é trabalhoso você conquistar um mercado".
Em áudio divulgado pela assessoria do ministro, Maggi citou uma série de reuniões, negociações e de troca de certificados até que o país asiático confirmasse a abertura do mercado ao produto.
"Isso demonstra o quanto é difícil a gente fazer parte desses mercados, principalmente um mais 'premium', que paga melhor, como o da Coreia (do Sul)."
Maggi disse ter a convicção de que a liberação das exportações de suínos para a Coreia do Sul ocorre porque o Brasil conquistou o certificado de país livre de febre aftosa com vacinação da Organização Mundial de Saúde Aninal (OIE), documento que será recebido por ele em Paris no próximo dia 24.
"Isso faz com que os mercados nos olhem de forma diferente. Estou na China e a gente percebe a mudança de humor e coisas que a gente não poderia exportar (agora) temos possibilidade, como carnes com osso, miúdos de bovinos e suínos. São coisas que fazem a pecuária brasileira cada dia melhor", declarou.
Segundo o ministro, Santa Catarina, que tem um status único de sanidade no País por já ser área livre de febre aftosa e sem vacinação, também "terá a primazia de chegar primeiro ao mercado" sul-coreano de suínos.
O Estado brasileiro já tem quatro frigoríficos habilitados para iniciar comércio. "Temos muito a comemorar, agradecer a participação de vários ministros, técnicos e fiscais, produtores, governos estaduais. A vitória é de todos, somatória do esforço de cada um", concluiu.